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Mísseis

Suposto ataque dos EUA no Paquistão deixa 12 mortos

Mísseis supostamente disparados nesta sexta-feira (3) pelos Estados Unidos atingiram dois edifícios em duas vilas paquistanesas próximas da fronteira com o Afeganistão, matando 12 pessoas. A maioria das vítimas era de militantes, afirmaram funcionários da inteligência do Paquistão. Eles disseram acreditar que os mísseis partiram de aeronaves norte-americanas que estavam no espaço aéreo afegão.

Foram atingidas duas vilas no Waziristão do Norte, pouco antes de anoitecer. O principal porta-voz do Exército do Paquistão, Athar Abbas, disse que o incidente estava sob investigação, mas ele ainda não podia confirmar nada sobre o caso.

Um ataque na vila de Mohamandkhel matou pelo menos 12 pessoas, a maioria militantes, afirmaram os funcionários do setor de inteligência. Não houve vítimas fatais no outro ataque, realizado na vila de Khata Kaly. Os funcionários falaram sob condição de anonimato.

Os Estados Unidos lançaram vários ataques contra supostos alvos da Al-Qaeda e do Taleban no norte do Paquistão nas últimas semanas. Washington reclama que Islamabad não consegue acabar com os militantes, estremecendo as relações dos dois aliados na guerra contra o terror.

Crescimento da violência

Os militantes no lado paquistanês da fronteira são acusados pelos crescentes ataques contra forças dos Estados Unidos e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no Afeganistão. A violência no território afegão atingiu o nível mais alto desde a invasão liderada pelos EUA em 2001, que derrubou o regime fundamentalista do Taleban.

Os extremistas também são acusados por ataques dentro do Paquistão, como o ocorrido no dia 20 de setembro no hotel Marriott, em Islamabad. Mais de 50 pessoas morreram no atentado.

Ontem, a Organização das Nações Unidas (ONU) determinou que as crianças filhas de seus funcionários no Paquistão devem deixar Islamabad. Atitude semelhante foi tomada em outras cidades violentas, como Cabul, capital afegã, e Mogadiscio, capital da Somália. A ONU argumentou que a medida é de caráter temporário, e não afetará seu trabalho no país.

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