A polícia do Suriname identificou e prendeu 18 pessoas suspeitas de comandar os ataques contra brasileiros na região de Albina, na noite da véspera de Natal de 2009. Segundo o embaixador do Brasil no Suriname, José Luiz Machado e Costa, eles estão presos em Paramaribo, capital, e serão processados criminalmente.
O ataque começou quando um brasileiro teria discutido e esfaqueado um "marrom", como são conhecidos os surinameses quilombolas, descendentes de escravos. O brasileiro continua foragido. Após a briga, um grupo de surinameses atacou o local em retaliação.
"Segundo a polícia, essas pessoas teriam relação com o local que foi apunhalado pelo brasileiro e foram tirar forra do brasileiro. Assim que houve o apunhalamento eles começaram a quebrar o bar, atacar pessoas que estavam ali e em seguida outros locais começaram a atacar o supermercado e aí a situação fugiu do controle. Então juntou um grupo muito maior de pessoas que saquearam, queimaram, promoveram todo aquele 'arrastão'", disse José Luiz Machado em entrevista ao site G1, por telefone.
O embaixador confirmou que ainda há 50 brasileiros em hotéis na capital e que todos já tiveram alta dos hospitais. Segundo ele, ao todo 37 pessoas voltaram para o Brasil com o avião da Força Aérea. O número oficial de mortes é de um surinamês, apesar de relatos na época apontarem para ao menos sete brasileiros mortos. As investigações continuam.
José Luiz Machado reiterou que o Suriname é um país com taxa de violência baixa e que o caso foi considerado isolado pelas autoridades.
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