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O governo do Equador adotou várias sanções contra suspeitos de envolvimento no motim de policiais durante o qual o presidente Rafael Correa ficou isolado em um hospital por várias horas. No total, sete pessoas morreram e 200 ficaram feridas na confusão.

O ministro do Interior, Gustavo Jalkh, informou hoje que entre as ações tomadas como resultado do motim está a retirada das armas da unidade de motociclistas da polícia. Além disso, os homens do Regimento Quito foram redistribuídos em várias unidades, "como medida preventiva". "Vários oficiais tiveram alteradas suas responsabilidades: já não comandam grupos", disse Jalkh. Também foram abertos "processos administrativos por má conduta em tribunais de disciplina", segundo ele.

Na quinta-feira da semana passada, policiais do principal quartel da cidade, o Regimento Quito, agrediram o presidente quando este tentou encerrar um protesto contra uma lei que, para os policiais, reduzirá seus benefícios trabalhistas. Após sofrer uma agressão, que incluiu uma bomba de gás lacrimogêneo perto de sua cabeça, Correa foi retirado para um hospital policial próximo, onde permaneceu confinado durante várias horas, até os militares tomarem a instalação e, em meio a um tiroteio, retirarem o líder.

Centenas de equatorianos se reuniram nas imediações do hospital, exigindo a restituição de Correa. Os policiais sublevados lançaram bombas de gás lacrimogêneo contra a multidão, que lançava paus e pedras. Desde o dia do motim foi decretado estado de emergência, que, segundo Jalkh, agora está sob análise e pode ser retirado.

O ministro de Segurança Interna e Externa, Miguel Carvajal, disse ao canal estatal GamaTV que "os processos de investigação estão se desenvolvendo dentro da polícia, assim como a investigação realizada e as possíveis sanções penais que leva adiante a promotoria". Carvajal disse que várias das pessoas envolvidas em ações violentas, incluindo agressões ao presidente e aos ministros, estão identificadas. Ele não deu, porém, nenhum nome.

Correa e vários de seus ministros afirmaram que o ex-presidente e atual oposicionista do governo Lucio Gutiérrez (2003-2005) foi o responsável pelo motim. Gutiérrez, que está no Brasil, afirma não ter nenhuma relação com os distúrbios.

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