Autoridades tailandesas anunciaram nesta quarta-feira (15) a descoberta de uma possível ligação entre explosões ocorridas nesta semana em Bangcoc e Nova Délhi - dois incidentes que Israel atribuiu ao Irã, junto com uma explosão na Geórgia.
O Irã negou envolvimento nas explosões de segunda e terça-feira, embora o governo local tivesse ameaçado retaliar Israel pelo suposto assassinato de vários cientistas nucleares iranianos.
Questionado sobre semelhanças entre os explosivos usados em Bangcoc e Nova Délhi, um alto funcionário tailandês de segurança disse que ambos tinham as mesmas "folhas magnéticas".
"O indivíduo estava de posse dos mesmos ímãs, e estamos atualmente examinando a origem do ímã", disse Wichian Podphosri, secretário do Conselho de Segurança Nacional.
Um homem com passaporte iraniano perdeu uma perna na terça-feira na detonação de uma bomba que estava com ele, em Bangcoc, depois de uma explosão anterior, aparentemente acidental, num imóvel alugado por ele.
O suspeito, identificado como Saeid Moradi, passou por cirurgia e continuava inconsciente em um hospital de Bangcoc, mas em condição estável, segundo uma fonte médica.
A polícia disse que ele foi indiciado por posse ilegal de explosivos, por causar detonações, por tentativa de homicídio e por agressão a um agente policial.
As embaixadas dos EUA, Grã-Bretanha e Austrália em Bangcoc orientaram seus cidadãos a terem cautela na cidade, mas não chegaram a recomendar que viagens fossem evitadas.
Na segunda-feira, em Nova Délhi, uma bomba destruiu um carro em que uma funcionária da embaixada de Israel ia apanhar seus filhos na escola, segundo a polícia. A mulher passou por cirurgia no fígado e coluna, e está em estado estável na quarta-feira. Seu motorista e dois transeuntes sofreram ferimentos mais leves.
A polícia diz que o atentado aparentemente não saiu como seus autores previam - o motociclista que grudou a bomba no carro a deixou no lado contrário ao do tanque de gasolina, o que evitou uma explosão bem maior. A imprensa indiana disse que cinco pessoas foram detidas para interrogatório.
O embaixador do Irã na Índia negou envolvimento do seu país com o caso. "Não estamos aceitando, estamos negando isso, e não sei como eles (Israel), em um curto período de uma hora, podem pressupor quem fez isso. Aconteceu na Índia. Se a segurança da Índia disser algo assim, então teremos de verificar", disse Seyed Mehdi Nabizadeh a jornalistas. "Realmente, é que eles sempre dizem algo assim."
Também na segunda-feira, uma bomba colocada em um carro da embaixada de Israel em Tbilisi falhou na hora de explodir, e foi posteriormente desativada, segundo autoridades israelenses e georgianas.
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