Manifestantes da oposição bloquearam o principal terminal do aeroporto de Bangcoc| Foto: Sukree Sukplang / Reuters
Muçulmanos aguardam liberação de aeroporto em Bangcoc para embarcar para Meca, na Arábia Saudita
Manifestantes anti-governo fecharam o aeroporto de Bangcoc
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Dezenas de policiais com cassetetes e escudos se agruparam na sexta-feira diante do aeroporto Suvarnabhumi, em Bangcoc, depois do aparente fracasso nas negociações com os manifestantes que tentam derrubar o governo.

Um correspondente da Reuters viu cerca de cem policiais num raio de aproximadamente 300 metros do terminal principal do aeroporto, que está ocupado por manifestantes desde o começo da semana.

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A polícia já havia alertado que buscaria uma negociação para encerrar a ocupação, mas que iria "tomar outras medidas" caso isso fosse necessário.

"Estamos pedindo a eles que permitam a retomada das operações aeroportuárias", disse a jornalistas o general da polícia Suchart Muenkaew, que conduz a negociação.

"Vamos continuar conversando, mas se fracassar vamos tomar outras medidas. O último passo será dispersá-los", acrescentou.

A ocupação dos aeroportos Suvarnabhumi (internacional) e Don Muang (doméstico) faz com que milhares de turistas fiquem retidos na capital tailandesa, que está praticamente isolada por via aérea. Os distúrbios devem afetar economicamente o país, já que o turismo é uma das mais importantes fontes de divisas do reino.

A Câmara de Comércio da Universidade dos Tailandeses disse que, se a crise política e a interdição dos aeroportos durar mais um mês, o custo para a economia será de 6 bilhões de dólares.

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Já um porta-voz do governo avaliou que, nessa situação, o prejuízo ao país seria de 2,8 bilhões de dólares, e que a previsão de crescimento do PIB cairia de 4,5 para 4 por cento - já é a mais baixa em sete anos.

"Embora ainda seja importante a questão de se essa bagunça pode ser resolvida em um ano, a questão de se a confiança irá voltar, mesmo que isso não seja resolvido dentro de um mês, começa a parecer menos clara", disse o economista Carl Rajoo, da consultoria Forecast, de Cingapura.

Despachando em Chiang Mai (700 quilômetros ao norte de Bangcoc), o primeiro-ministro Somchai Wongsawat decretou estado de emergência nos aeroportos e disse que a economia do país, dependente das exportações e do turismo, não vai tolerar novos distúrbios.

O governo disse que usará "medidas moderadas" contra os manifestantes que bloqueiam os dois aeroportos, disse o primeiro ministro em um pronunciamento na tevê nesta sexta.

"Não se preocupem. Os policiais vão usar medidas moderadas com eles", disse Somchai, que convidou grupos de defesa de direitos humanos e a mídia para observar e filmar no local.

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