O Talibã pretende seqüestrar e matar mais cidadãos de países que mantenham tropas sob comando da Otan e os EUA no Afeganistão, disse um porta-voz do grupo islâmico na segunda-feira.
Há poucos dias, o Talibã libertou 19 reféns sul-coreanos, graças a um acordo feito por Seul e criticado por pessoas que vêem nele um precedente que pode incentivar seqüestros e dificultar ainda mais a vida dos estrangeiros no Afeganistão.
"Consideramos (o seqüestro) uma arma que pode nos ajudar a dar um golpe no inimigo", disse Mohammad Yousuf, porta-voz do Talibã, por telefone à Reuters de um local não-revelado.
"Seqüestrar e matar (cidadãos) dos países que vieram para a aniquilação da nação afegã são obras que suprimem o inimigo", acrescentou.
Yousuf, um dos dois porta-vozes do Talibã, disse que não serão ameaçados cidadãos de países que não mantenham tropas no Afeganistão.
Pelo acordo da semana passada, a Coréia do Sul se comprometia a retirar seus civis do Afeganistão até o final de agosto e a levar embora até o final do ano seus 200 militares, que trabalham como médicos e engenheiros. A retirada das tropas já estava planejada.
O Talibã, por sua vez, desistiu da sua principal exigência, a de libertação de insurgentes presos.