Homem palestino inspeciona destroços de um edifício atingido por ataque de mísseis de Israel, na Faixa de Gaza| Foto: Mahmud Hams/AFP
Soldado israelense é carregado por companheiros militares após ter sido atingido em combate na Faixa de Gaza
Palestinos caminham próximo aos pneus queimados em protesto contra a ofensiva israelense em Gaza, em Jerusalem
Nicolas Sarkozy (esq.) concede entrevista ao lado do presidente palestino Mahmoud Abbas: cessar-fogo imediato
Doutores palestinos carregam duas crianças mortas no hospital Shifa, em Gaza
Funcionário de hospital em Gaza deposita no chão do necrotério os corpos de três crianças mortas em bombardeio
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Três soldados israelenses morreram e 24 saíram feridos nesta segunda-feira (5) à noite no norte da Faixa de Gaza, quando um tanque israelense disparou por engano contra a posição dos militares, informou o Exército de Israel.

O episódio de "fogo amigo" ocorreu após o tanque disparar contra um edifício ocupado pelos soldados nesta segunda.

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Com as três mortes, sobe para quatro o número de vítimas fatais entre os soldados israelenses, de acordo com o Exército de Israel.

Do lado palestino, pelo menos 50 morreram apenas nesta segunda vítimas do ataque de Israel à Faixa de Gaza, segundo Muawiya Hassanein, chefe do serviço de emergência do território controlado pelo Hamas.

Entre as vítimas, estão 12 crianças, mortas em Gaza e no campo de refugiados de Jabalia.

Novo balanço mostra que 555 palestinos morreram e 2.700 ficaram feridos desde o começo dos ataques aéreos, em 27 de dezembro.

Cresce pressão por cessar-fogo

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Enquanto isso, Israel mantém os bombardeios ao território palestino e intensifica a invasão por terra. E foguetes palestinos seguem atingindo cidades israelenses.

Ao mesmo tempo, a pressão internacional por uma trégua imediata cresce, e até os EUA, apesar de responsabilizarem o Hamas pelo início das agressões, pediram um cessar-fogo "duradouro".

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e uma delegação da Liga Árabe intensificaram nesta segunda as pressões sobre o Conselho de Segurança das Nações Unidas para que intervenha e coloque fim à ofensiva israelense em Gaza.

Ban presidiu uma reunião na sede da ONU com o líder da Liga Árabe, Amre Moussa, na qual coordenaram os esforços para impulsionar uma nova resolução no principal órgão das Nações Unidas em favor de um cessar-fogo.

O secretário-geral, que fez um discurso antes que a reunião fosse fechada à imprensa, insistiu em que o Conselho de Segurança deve "cumprir suas responsabilidades de acordo com a Carta das Nações Unidas e colocar fim a esta crise".

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"Devemos insistir em que Israel acabe com seu ataque militar, que foi excessivo, e devemos insistir em que o Hamas pare os lançamentos de foguetes, que são tão contraproducentes quanto inaceitáveis", assegurou Ban.

A reunião com o secretário-geral das Nações Unidas faz parte dos esforços diplomáticos da Liga Árabe para conseguir que o Conselho de Segurança da ONU interceda decisivamente para deter a intervenção israelense em Gaza.

Com esse objetivo, o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, deve apresentar pessoalmente nesta terça-feira (6) no principal órgão da ONU um novo projeto de resolução no qual pede um cessar-fogo, o levantamento do bloqueio de Gaza e o desdobramento de observadores internacionais.