Tem início a vida de princesa

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A aceitação da origem plebeia de Kate é destaque como um exemplo, vindo da família real, de que a obsessão dos britânicos com a noção de classes parece se diluir. O que ninguém esperava é que a ausência de berço da moça acabasse virando virtude em vez de embaraço. "No Reino Unido, a mobilidade social está estagnada desde a Segunda Guerra Mundial e a maio­­ria das pessoas ainda vai seguir a classe de seus pais. O caso de Kate é raro, mas uma princesa de origens não muito diferentes de muitos britânicos é um passo gigantesco para fazer crescer a admiração pela monarquia", ar­­gumenta Dominic Sandbrook, historiador especializado no Rei­no Unido do pós-guerra.

O casal encara a pressão da ex­­pectativa de um desfecho mais feliz do que a maioria das uniões dos Windsor no século 20. Dos quatro filhos da rainha Elizabeth II, apenas o príncipe Edward, o caçula, ainda está casado.

William já pediu uma moratória de dois anos para Kate em termos de uma agenda integral co­­mo princesa para que sua adaptação ao cotidiano da realeza seja gradual. Mas já há aparições marcadas assim que os dois retornem da lua de mel. No início de junho, participam do jantar de gala da Ark, uma ONG infantil que conta com o patronato de príncipes e princesas ao redor do mundo.

Na noite de ontem, William e Kate divulgaram um comunicado em que agradeceram o carinho do público. Mas, ontem, o príncipe resolveu passar a mensagem pessoalmente, com uma aparição-sur­­presa diante das multidões que já começavam a se formar em frente ao Palácio de Buckingham. Passou vários minutos apertando as mãos de admiradores e conversando com eles. Quem também deu o ar da graça foi Camilla Par­­ker-Bowles, a madrasta do príncipe.

Já Kate chegou ao hotel de lu­­xo, no centro de Londres, onde passou a última noite como solteira, posou rapidamente para as câmeras e acenou para o público. Sempre sorrindo.

Segurança

Os responsáveis pelo esquema de segurança estão mais nervosos que os noivos. Não é para menos. Estarão na abadia de Westminster a rainha Elizabeth II e toda a família real inglesa, nobres da Europa, Ásia e África, políticos de todo o mundo e celebridades.

O perigo pode vir de qualquer parte. De grupos terroristas como Al Qaeda, separatistas da Irlanda do Norte, anarquistas locais e ma­­lucos que podem querer aproveitar a oportunidade para ga­­nhar notoriedade. Será um dos maiores esquemas policiais já montados no Reino Unido, com mais de 5.000 agentes.

A quan­­tidade de pessoas que estará no centro da cidade para ver um pouco da festa (entre 600 mil e 1 mi­­lhão) depende do clima.

Online

Acompanhe a cobertura em tempo real do casamento do príncipe William e Kate Middleton. E veja fotos, vídeos e o live blogging do casamento com a participação dos leitores.(www.gazetadopovo.com.br)

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