O diretor do Decap, departamento da Polícia Judiciária da capital paulista, delegado Antonio Martins Fontes, negou nesta quarta-feira que a libanesa Rana Koleitat, presa no fim de semana em São Paulo por tentar subornar policiais da Interpol, tenha tentado o suicídio. Rana, que é suspeita de envolvimento com atividades terroristas, fraude bancária, tráfico de armas no Líbano e envolvimento da morte do ex-premier Rafik al-Hariri, foi encontrada na manhã desta quarta-feira com um corte no pulso esquerdo em sua cela no 89º DP, no Morumbi.
Fontes descartam a versão da acusada e diz que ela só queria chamar a atenção. Para produzir o corte, ela teria usado, segundo informações da Secretaria de Segurança Pública de SP, um estilete.
Assim que foi constatado o ferimento, Rana foi levada a um pronto-socorro, onde levou dois pontos no pulso, e depois ao Instituto Médico-Legal (IML) para fazer exame de corpo delito. Em seguida, foi transferida para uma cela no prédio do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil de São Paulo. Lá, Rana está sozinha, vigiada por dois carcereiros.
O advogado de Rana, Victor Mauad, no entanto, confirma a tentativa de suicídio e diz que Rana teme por sua vida caso seja mesmo extraditada para o Líbano.
- Ela está muito depressiva e tentou o suicídio por desespero. Ela está certa de que morrerá se voltar para o Líbano - afirmou Mauad, que pretende entrar em contato com os advogados dela em Beirute para recolher documentos que comprovem a inocência de sua cliente.
Rana Koleitat foi presa na noite de domingo em Itaquera, na zona norte da capital paulista, depois de tentar subornar policiais da Interpol. Ela teria oferecido R$ 15 mil inicialmente e disse que conseguiria a quantia que fosse necessária para fosse libertada.
Para que ela seja extraditada, é preciso antes que o inquérito de corrupção contra a libanesa seja concluído pela polícia civil paulista.
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