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Terremoto em Cuenca, Equador
Escombros do tremor de 6,5 pontos na escala Richter em Cuenca, Equador. No Peru, ao mesmo tempo, foi registrado com 7 pontos na escala.| Foto: EFE/Robert Puglla

Pelo menos 14 mortes foram registradas no Equador após o terremoto de magnitude 6,5 na escala Richter registrado, neste sábado (18), na província de Guayas. O tremor foi sentido também no norte do Peru, provocando diversos danos materiais e uma morte.

O governo do Equador atualizou os dados neste domingo (19): 12 pessoas morreram na província de El Oro, na fronteira com o Peru, e outras duas em Azuay, também localizada no sul do país.

Segundo as autoridades equatorianas, o terremoto deixou 381 feridos, várias foram levadas para centros médicos. Militares apoiaram a evacuação de áreas afetadas e encaminhamento dos feridos para hospitais.

Em Lima, uma menina de 4 anos perdeu a vida após o forte tremor. No Peru, há dezenas de vítimas feridas, além de casas destruídas, desativadas e afetadas, incluindo centros de saúde e outras infraestruturas.

Tremor

De acordo com o Instituto Geofísico da Escola Politécnica Nacional, o tremor ocorreu às 12h11 (horário local, 14h12 de Brasília) a 2,78 graus de latitude sul e 79,93 graus de longitude oeste, a 44 quilômetros de profundidade e a 29,12 quilômetros de Balao (Guayas), no sudoeste do Equador. Após o primeiro terremoto, outro de magnitude 4,8 ocorreu a uma profundidade de 24 quilômetros, segundo o Instituto.

Já no território peruano, o primeiro tremor alcançou uma magnitude 7 na escala Richter, segundo um relatório do Instituto Geofísico do Peru (IGP), e o segundo teve magnitude 4,1, com epicentro 84 quilômetros a nordeste de Zarumilla e profundidade de 75 quilômetros.

A Secretaria de Gestão de Riscos do Equador indicou que foram registrados danos no centro cantonal da cidade andina de Cuenca, onde a fachada de uma casa desabou sobre um veículo, do qual uma morte foi confirmada. O presidente do país confirmou 13 mortos ao todo.

O tremor foi sentido com força, inclusive na capital equatoriana, Quito, na região andina do país.

O Instituto Geofísico recebeu relatos da população que sentiu o terremoto na província de El Oro, fronteira com o Peru, e também em Loja, além da costa de Manabí e em Zamora Chinchipe, na Amazônia.

O Instituto Oceanográfico da Marinha (Inocar) apontou que o terremoto não reúne condições para provocar um tsunami.

A Agência EFE constatou que no centro da cidade costeira de Guayaquil caíram alguns destroços de casas antigas.

Logo após o terremoto, a petrolífera estatal Petroecuador informou que não tinha registros de imprevistos em suas instalações. "O protocolo para esses casos foi cumprido e a operação continua normalmente", afirmou.

A Secretaria de Riscos informou que a operação dos aeroportos segue normalizada.

No próximo dia 16 de abril, o Equador recordará o sétimo aniversário de um dos terremotos mais destrutivos de sua história recente, de magnitude 7,8. Este fenômeno natural deixou mais de 670 mortos, milhares afetados, além de perdas materiais de milhões.

O terremoto atingiu as províncias de Esmeraldas (na fronteira com a Colômbia) e sua vizinha Manabí, mas também afetou outras áreas e foi sentido com força, inclusive em Quito, localizada na província de Pichincha, na zona andina do país.

Mais informações do Peru

A imprensa local mostrou imagens do momento do terremoto em avenidas e centros comerciais de Tumbes, onde foram relatados alguns danos materiais, como a queda de uma torre de vigia de um antigo quartel militar, mas não danos pessoais.

Em Tumbes, os cidadãos saíram rapidamente às ruas como medida de segurança, enquanto outras pessoas relataram nas redes sociais que o terremoto também foi sentido nas regiões de La Libertad e Ancash, a mais de 500 quilômetros ao sul de Tumbes. O prefeito da província de Zarumilla, Christian Aguayo, disse à estação de rádio RPP que este foi "o tremor mais forte que pude testemunhar em toda a minha vida".

Nesse sentido, o Centro de Operações de Emergência Nacional (COEN) informou que as unidades de primeira resposta juntamente com as autoridades locais iniciaram a revisão das áreas vulneráveis, sem relatar, até o momento, danos estruturais ou à população. Após os fortes movimentos no norte do Peru, a Direção de Hidrografia e Navegação garantiu no Twitter que não foi gerado um alerta de tsunami nas costas do Oceano Pacífico.

O Instituto Nacional de Defesa Civil (Indeci) também não informou os prejuízos preliminares, mas detalhou uma série de medidas de segurança que a população deve seguir nessas emergências. Acrescentou que, através do COEN, coordena as autarquias regionais e locais, monitora a situação e apela à manutenção dos centros de operações de emergência locais.

Peru e Equador estão localizados na zona denominada Círculo de Fogo do Pacífico, onde aproximadamente 85% da atividade sísmica mundial é registrada. O México, mais ao norte, informou por seu Serviço Sismológico Nacional que registrou 18 tremores menores. O mais forte, de 4,3 pontos, foi registrado a 150 quilômetros de San Jose Del Cabo, na costa oeste do país, às 10h33min, no horário local, 13h33min no de Brasília.

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