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Terremoto matou 700 pessoas no Chile, afirma ministro

O terremoto e o tsunami que atingiram o Chile no mês passado mataram 700 pessoas e provocaram prejuízos de quase US$ 30 bilhões, de acordo com o governo. A terra ainda não parou de tremer.

Na noite da segunda-feira, um terremoto com magnitude 6,7 atingiu o centro-sul do Chile, aumentando o nervosismo e provocando mais prejuízos que se somaram aos provocados pelo sismo de 27 de fevereiro.

O ministro do Interior do Chile, Rodrigo Hinzpeter, atualizou nesta terça-feira o número conhecido de mortos e os prejuízos estimados, ao dizer que 200 pessoas antes listadas como desaparecidas devem ser acrescentadas à lista dos 500 mortos.

"Em termos econômicos, essa foi a pior catástrofe que o Chile sofreu" acrescentou Hinzpeter. Ele estimou que os prejuízos podem chegar a perto de US$ 30 bilhões, com as seguradoras cobrindo apenas entre US$ 5 bilhões e US$ 8 bilhões.

O governo do Chile não descarta uma reforma tributária como parte de seus esforços para financiar cerca de US$ 30 bilhões em prejuízos causados pelo terremoto que atingiu o país no final de fevereiro, disse o ministro das Finanças, Felipe Larraín.

Para financiar um fundo de reconstrução, o governo chileno vai utilizar os recursos de um de seus dois fundos de riqueza soberana, reestruturar o seu orçamento fiscal de 2010 e recorrer a empréstimos internacionais.

Segundo analistas, o governo também poderia tentar elevar o teto das emissões de dívidas soberanas fixado pelo Congresso para este ano de US$ 6 bilhões para em torno de US$ 10 bilhões.

O ministro de Obras Públicas, Hernan de Solminihac, disse que custará US$ 1,46 bilhão para restaurar a infraestrutura pública - principalmente pontes destruídas, que estão atrasando a reconstrução e a entrega da ajuda humanitária.

Impostos maiores sobre as mineradoras podem ser uma maneira de cobrir os custos públicos, disse Hinzpeter. Parlamentares conservadores rejeitaram a ideia de uma carga tributária mais pesada sobre o crucial setor da mineração.

Mais divisões políticas estão reaparecendo, à medida que a coalizão de centro-esquerda, que há pouco perdeu o poder após governar o Chile por 20 anos, tenta se reafirmar.

A esquerda está pedindo um esforço maior do governo para ajudar a milhões de chilenos afetados pela catástrofe. Ela deseja aumentar os impostos sobre a mineração e mais que dobrar os US$ 80 que o governo pagou em março a cada cidadão menos favorecido

No ano passado, o então candidato e atual hoje presidente Sebastián Piñera prometeu destinar US$ 80 a cada um dos 4,8 milhões de chilenos mais pobres. O ministro de Finanças, Felipe Larrain, rejeitou um aumento no auxílio.

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