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Os militantes que lançaram um ataque em várias frentes na cidade de Mumbai vieram do Paquistão. A afirmação foi feita pelo major-general da Índia R.K. Hooda, que lidera a operação militar encarregada de combater os extremistas. Porém, o governo paquistanês advertiu para as "reações apressadas" de que os atentados foram realizados por terroristas sediados em seu território. Os ataques, iniciados na noite desta quarta-feira (26), deixaram ao menos 125 mortos e centenas de feridos. O pouco conhecido grupo Deccan Mujaheddin assumiu a autoria.

O ministro de Relações Exteriores do Paquistão, xá Mehmood Qureshi, em visita à Índia, se disse "chocado e horrorizado" com os ataques em Mumbai. Ele ofereceu total cooperação do novo governo paquistanês para conter o terrorismo na região. "Nós temos que entender melhor" o incidente, disse Qureshi. "Não vamos direto a conclusões, não comecemos com reações apressadas."

O primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, disse em rede nacional de televisão que era "claro" que "um grupo sediado fora do país" realizou os ataques. Ele não citou especificamente o Paquistão, mas disse que a Índia advertiria os vizinhos de que "o uso de seu território para lançar ataques contra nós não será tolerado" e terá um "custo".

Um porta-voz da Marinha indiana, capitão Manohar Nambiar, afirmou que estava sendo revistado um navio que recentemente chegou a Mumbai vindo de Karachi, no Paquistão. O ministro paquistanês encarregado dos portos e da marinha mercante, Nabil Gabol, disse que as suspeitas envolvendo o Paquistão eram "falsas alegações". "Eles não deveriam chegar a conclusões sem investigações detalhadas e não deveriam arrastar o Paquistão nisso, simplesmente para superar seus próprios problemas políticos", afirmou.

Índia e Paquistão lutaram três guerras desde tornarem-se independentes da Grã-Bretanha, em 1947. Nova Délhi freqüentemente culpa os paquistaneses por ataques terroristas em seu país. Entre eles, um realizado em 2001 contra o Parlamento indiano, em Nova Délhi, cometido por militantes contrários ao governo indiano na região da Caxemira. O governo paquistanês nega envolvimento nos atentados. Com informações da Dow Jones.

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