As reuniões de bispos têm sua origem no Concílio de Jerusalém, descrito no capítulo 15 dos Atos dos Apóstolos, em que se discutiu a questão da circuncisão dos pagãos.
I Concílio de Nicéia (325) Convocado por São Silvestre I, combateu a heresia ariana, que negava a divindade de Cristo, e teve como resultado o chamado "Credo Niceno". O concílio também definiu as regras para a data da Páscoa.
I Concílio de Constantinopla (381) O Papa São Dâmaso I queria combater os seguidores de Macedônio, que negavam a divindade do Espírito Santo. Os bispos acrescentaram novos artigos ao Credo Niceno, que se tornou o Credo Niceno-Constantinopolitano, ainda hoje rezado durante a missa.
Concílio de Éfeso (431) São Cirilo de Alexandria, representante do Papa Celestino I, presidiu o concílio, do qual saiu a definição de Maria como Mãe de Deus.
Concílio de Calcedônia (451) O concílio definiu as duas naturezas de Cristo (humana e divina) contra Eutiques, para quem as duas naturezas se fundiam em apenas uma.
II Concílio de Constantinopla (553) Os 165 bispos reunidos sob o Papa Vigílio condenaram as teorias origenistas e confirmaram a validade dos concílios anteriores.
III Concílio de Constantinopla (680-681) O monotelismo defendia que Cristo tinha apenas uma vontade, a divina, apesar de ter duas naturezas. Para combater essa heresia, o Papa Santo Agatão convocou este concílio.
II Concílio de Nicéia (787) Os legados do Papa Adriano I presidiram este concílio, que tinha como objetivo regular a veneração das imagens.
IV Concílio de Constantinopla (869) Um concílio ilegítimo havia sido liderado pelo patriarca grego Fócio contra o Papa Nicolau I. O pontífice seguinte, Adriano II, chamou bispos e patriarcas para anular todos os atos de Fócio. O episódio deu início aos atritos que levariam ao cisma grego, em 1054.
I Concílio do Latrão (1123) O primeiro concílio realizado em Roma, presidido por Calixto II, aboliu o direito dos príncipes de interferir na escolha dos bispos e discutiu a retomada da Terra Santa.
II Concílio do Latrão (1139) Para condenar os erros de Arnaldo de Brescia, sobre a salvação dos clérigos que possuíam bens materiais, Inocêncio II convocou este concílio. Anos depois, Arnaldo lideraria uma revolta popular.
III Concílio do Latrão (1179) O concílio condenou os albigenses e valdenses, que pregavam a existência de dois princípios opostos e a rejeição total das realidades materiais, condenando o casamento e estimulando o suicídio por greve de fome.
IV Concílio do Latrão (1215) Foi renovada a condenação dos albigenses, e as doutrinas de Joaquim de Fiore também foram combatidas.
I Concílio de Lyon (1245) Inocêncio IV reuniu os bispos na cidade francesa para depor o imperador germânico Frederico II e planejar uma nova cruzada, sob o comando de São Luís, rei da França.
II Concílio de Lyon (1274) Sob o comando de Gregório X, este concílio conseguiu uma curta união entre a Igreja Católica e a Ortodoxa, além de aprovar as ordens dominicana e franciscana.
Concílio de Vienne (1311-1313) Também na França, o concílio lidou com as acusações contra a ordem dos Templários, que acabou suprimida pelo Papa Clemente V.
Concílio de Constança (1414-1418) Ao eleger Martinho V em 1417, este concílio acabou com o Grande Cisma do Ocidente, durante o qual havia um Papa em Avignon e outro em Roma. As idéias de Wyclif e Hus também foram condenadas.
Concílio de Basiléia/Ferrara/Florença (1431-1439) A reunião começou com o objetivo de pacificar a Boêmia (atual República Tcheca), que sofria com guerras religiosas, e terminou com uma nova união entre as igrejas Católica e Ortodoxa, que não foi adiante.
V Concílio do Latrão (1512-1517) Convocada para desqualificar um "concílio clandestino" em Pisa, esta reunião teve decretos principalmente disciplinares. Uma cruzada foi planejada, mas não ocorreu.
Concílio de Trento (1545-1563) Cinco Papas (de Paulo III a Pio IV) reinaram durante os 18 anos de duração do concílio, que teve como principal missão condenar as doutrinas protestantes e recompor a disciplina dentro da Igreja.
Concílio Vaticano I (1869-1870) Suspenso em julho de 1870, o concílio convocado por Pio IX definiu o dogma da infalibilidade papal, segundo o qual o Papa não erra quando se pronuncia ex cathedra sobre assuntos de fé e moral.
Concílio Vaticano II (1962-1965) Aberto por João XXIII e encerrado por Paulo VI, o concílio teve como objetivo apresentar os ensinamentos da Igreja de uma forma mais adequada ao mundo moderno, sem no entanto mudar sua doutrina.