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O Tribunal Penal Internacional (TPI) vai investigar até 15 líderes da Líbia por ataques com metralhadoras e bombardeios contra civis, afirmou o promotor chefe do TPI, Luis Moreno-Ocampo, em entrevista publicada nesta quinta no jornal El País.

Moreno-Ocampo afirmou ao diário que serão investigados supostos "crimes contra a humanidade". "Nós estamos falando de cerca de 10 a 15 pessoas", afirmou ele ao jornal. "Nós temos uma ideia muito clara da estrutura de comando formal e informal na Líbia", disse. "Na Líbia parece ter havido disparos de metralhadoras ou bombardeios de civis em praças públicas", acrescentou. "Há ataques massivos contra a população civil. Esses são atos muito sérios, há centenas ou milhares de mortos", afirmou o promotor, falando por telefone de Haia, na Holanda.

Em entrevista coletiva nesta quinta-feira, o promotor do TPI disse que foram identificados indivíduos com poder de facto ou formal no país que possuem autoridade sobre as forças de segurança. Há protestos na Líbia desde 15 de fevereiro, mas as forças oficiais lançaram uma dura repressão aos manifestantes, inclusive com vários relatos de mortes de civis.

Segundo Moreno-Ocampo, os investigados são "Muamar Kadafi, seu círculo próximo, incluindo alguns de seus filhos". O promotor também citou o chefe da segurança pessoal de Kadafi e o chefe das forças de segurança externas. Mais de cem mil pessoas fugiram da Líbia para escapar à repressão dos partidários de Kadafi, que já deixou mais de mil mortos, segundo estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU). As informações são da Dow Jones.

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