A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, disse nesta quinta-feira (26) que os Estados Unidos ficarão ao lado do México na luta contra o narcotráfico e afirmou que os laços que unem os dois países enfrentam novos desafios. Ao final da visita de dois dias ao México, Hillary afirmou que a violência dos cartéis da droga é "intolerável". "Hoje, os laços que nos unem enfrentam novas provas", disse Hillary em Monterrey, cidade industrial perto da fronteira com os EUA. "Essa situação é intolerável para os cidadãos honestos tanto no México quanto no meu país".
Horas antes, na Cidade do México, Hillary visitou os escritórios da polícia federal mexicana, onde assistiu a uma simulação de um comando tomando um avião. Ela fechou a visita em hangares da polícia, onde viu helicópteros Blackhawk e conversou com o capitão Eduardo Laris, que a informou que o México adquiriu sete helicópteros deste modelo nos EUA para operações contra o narcotráfico. "Agora estamos preparados e acreditamos que os resultados aparecerão rápido", disse Laris a Hillary.
A secretária de Estado dos EUA anunciou nesta quarta-feira mais US$ 80 milhões em auxílio norte-americano ao governo do México para lutar contra os cartéis. Mais de nove mil pessoas foram assassinadas no país latino desde dezembro de 2006 por causa da violência ligada ao narcotráfico. Outros funcionários graduados da administração do presidente dos EUA, Barack Obama, deverão ir ao México nos próximos dias, entre eles a secretária de Segurança Interna, Janet Napolitano. Obama deverá visitar o México em abril.
Retratação
O diretor de Inteligência Nacional dos EUA, Dennis Blair, que no início do mês disse no Senado norte-americano que o presidente do México, Felipe Calderón, não estava governando todo seu país por causa da influência dos narcotraficantes, retratou-se hoje. Blair negou que o México esteja perto de se converter em um Estado falido. "O México não corre risco de converter-se em um Estado falido", afirmou ele, em sua primeira entrevista coletiva desde que assumiu o posto, há quase dois meses.
Blair controla praticamente toda a inteligência dos EUA, incluindo a Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês). Ele disse que a violência no país ocorre por causa das ações do governo mexicano contra os cartéis de droga. Após as declarações de Blair, Calderón havia reagido, afirmando que Washington também era responsável pelo problema. A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, disse nesta quinta que os EUA também têm responsabilidade pela difícil situação no país vizinho. Com informações da Dow Jones.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Painéis solares no telhado: distribuidoras recusam conexão de 25% dos novos sistemas
Deixe sua opinião