Deputado brasileiro volta sem poder entrar na Líbia
Brasília - Depois de uma semana em cidades da Tunísia próximas da fronteira com a Líbia, o deputado Protógenes Queiróz (PCdoB-SP) desembarcou ontem em São Paulo sem ter conseguido pisar em território líbio, mesmo tendo obtido visto daquele país. O parlamentar esteve na região na companhia do também deputado Brizola Neto (PDT-RJ) e foi barrado pelas tropas rebeldes que chegaram ao local, contou.
Protógenes contou que a fuga em massa de civis líbios, muitos feridos e famintos, está sobrecarregando o sistema de saúde local e os supermercados já não dão conta da nova demanda. A inflação é tão alta que uma garrafa com um litro de água potável chega a custar o equivalente a US$ 10.
Segundo o Itamaraty, não há mais cidadãos brasileiros na Líbia. O embaixador brasileiro em Trípoli, George Ney, está na Tunísia.
Agência O Globo
Ditador ainda representa perigo, afirma líder rebelde
O presidente do Conselho Nacional de Transição (CNT), Mustafa Abdel Jalil, órgão político dos rebeldes líbios, afirmou ontem que o ditador Muamar Kadafi continua representando um perigo à Líbia e ao mundo, apesar de não ser visto há mais de uma semana.
Trípoli - Três dos oito filhos do ditador líbio, Muamar Kadafi, fugiram para a Argélia com sua mãe, Safia. A informação é do governo argelino, um dos únicos na região a ainda apoiar o ditador.
A chancelaria do país vizinho disse que Safia, os filhos Aisha, 34 anos, e Hannibal, 35 anos, e o enteado Mohammed, 40 anos, atravessaram a fronteira ontem, com suas famílias.
Após o anúncio, o Conselho Nacional de Transição (CNT) disse que pedirá à Argélia que os mande de volta ao país para serem julgados.
Na última sexta-feira, um comboio com seis carros de luxo cruzou a fronteira na ocasião, a Argélia negou que fossem da família de Kadafi.
A Casa Branca disse ontem crer que o ditador ainda esteja na Líbia. Há rumores de que os filhos Saif al Islam, 38 anos, visto como seu sucessor, e Saadi, 37 anos, estão com ele.
Filho morto
Segundo o coronel rebelde Al Mahdi Al Haragi, encarregado da Brigada de Trípoli, o caçula de Kadafi, Khamis, 28 anos, foi morto no domingo em um combate na cidade de Tarhuna, a 90 km de Trípoli.
Ele ainda teria sido levado a um hospital, mas não teria resistido aos ferimentos. Não há informações sobre Mutassim, 36 anos. O regime líbio diz que Saif al Arab, 29, morreu em um ataque da Otan (aliança militar ocidental) em abril.
Khamis já estava sob a mira do Tribunal Penal Internacional (TPI). O procurador do tribunal, Luis Moreno-Ocampo, disse à agência Reuters que entraria com um pedido de prisão contra o mais novo dos Kadafi, que seria responsável pela morte de dezenas de prisioneiros. O próprio ditador, Saif al Islam e o chefe da inteligência líbia já tiveram sua prisão decretada, por crimes contra a humanidade.
Isso limita as opções de fuga para Kadafi. A Argélia seria uma das saídas, já que o país não é signatário do Estatuto de Roma, do TPI. Portanto, não seria obrigado a entregá-lo a Haia. O único bastião do regime está cada vez mais ameaçado. Sirte, cidade natal do ditador, tem sido alvo de bombardeios da Otan nos últimos três dias. O cerco dos rebeldes também está cada vez mais próximo à cidade.
Ontem, eles reconquistaram a vila de Narwfaliya. Duas frentes se aproximam uma vinda de Trípoli e Misrata, e uma a partir de Bin Jawad e Ras Lanuf. Os rebeldes que compõem a linha de frente estariam, porém, esperando reforços da capital para lançar uma grande ofensiva a Sirte.
Sirte, de apenas 75 mil habitantes, é a cidade natal e o último reduto de kadafi. Abriga a tribo dos Kadafa, da qual faz parte o ditador.
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