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Área atingida por terremoto é desifetada na China
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Mais de 12 mil pessoas ficaram feridas por causa do terremoto
Parentes mantiveram vivas uma menina de quatro anos e uma idosa que estavam sob os escombros de uma casa que ruiu por causa do terremoto, durante quase uma semana. Eles usaram varas de bambu para levar água e arroz por meio dos escombros até que as equipes de resgate retiraram as duas vítimas nesta segunda-feira. A boa notícia foi dada no dia em que o número de mortos na remota região tibetana subiu para 2.039.
As equipes de resgate retiraram uma terceira mulher dos escombros nesta segunda-feira. A vítima estava numa casa de montanha que ruiu quando o terremoto de magnitude 6,9 atingiu o condado de Yushu, na província de Qinghai na manhã de quarta-feira, informou a emissora estatal China Central Television.
Mais de 12.100 pessoas ficaram feridas após o terremoto, informou a agência estatal de notícias Xinhua.
Os trabalhos de reconstrução foram acelerados e os serviços de eletricidade e telecomunicações foram em grande parte restaurados
O resgate de Wujian Cuomao, de 68 anos, e Cairen Baji, de 4, de uma casa que desabou numa vila a cerca de 20 quilômetros da cidade mais duramente atingida, Jiegu, foi considerado um milagre pela mídia estatal e repetidamente mostrado na televisão
Imagens mostram os trabalhadores de roupas laranjas e capacetes erguendo a mulher de cabelos brancos numa maca e sendo colocada numa ambulância.
A crianças, visivelmente cansada, estava enrolada num cobertor nos braços de um dos integrantes da equipe de resgate. Os escombros pressionaram o peito da menina, informou a CCTV, mas ela não sofreu ferimentos. Segundo a emissora, a vida da mulher não está em risco.
A mulher e a menina foram protegidas por uma armação da madeira, debaixo da qual elas ficaram enquanto a casa ruía ao seu redor.
Uma jovem, segundo a CCTV, foi quem apontou um buraco de 20 centímetros entre o chão e o canto da armação quebrada.
"Quando o terremoto aconteceu, a casa caiu e elas ficaram enterradas aqui", disse a mulher, cujo nome não foi divulgado. "Nós demos comida para elas todos os dias."
A CCTV informou que os parentes usaram bastões de bambu para enviar água e arroz pela pequena brecha para a dupla. Também nesta segunda-feira, equipes resgataram um mulher tibetana chamada Ritu de sua casa destruída numa montanha, informou a emissora. Metade do seu corpo estava sob os escombros, mas seus sinais vitais eram estáveis.
Em Jiegu, milhares de monges budistas tibetanos removeram os escombros com pás, realizaram rituais funerários e jogaram comida para sobreviventes de caminhões.
Os esforços estão se concentrando na reconstrução para ajudar as dezenas de milhares de pessoas que ficaram sem teto nas áreas elevadas onde as temperaturas podem chegar a - 3 graus Celsius. A previsão de neve nos próximos dias pode atrapalhar os trabalhos, informaram meios de comunicação estatais.
Em Jiegu, as aulas foram retomadas na escola básica número 3, com centenas de estudantes em classes montadas em barracas.
"Confiança! Esperança!", cantavam as crianças, sob o comando de voluntários de Pequim que organizaram as salas temporárias e planejam reconstruir a escola.
"De um lado, os alunos estão voltando para as aulas. De outro lado, estamos dando a eles algum tratamento psicológico após o desastre", disse Danzeng Jiangcuo, professor de matemática da sexta série. "Estamos tentando ajudá-los a esquecer o desastre e não se sentirem mais assustados."
