Um tribunal iraquiano de apelações confirmou nesta quinta-feira (15) a decisão da Suprema Corte de mandar à forca o ex-vice-presidente de Saddam Hussein.

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Taha Yassin Ramadan foi sentenciado em novembro à prisão perpétua por seu envolvimento na morte de 148 xiitas na localidade de Dujail, em 1982, processo que levou Saddam Hussein e dois ex-assessores à forca.

Mas um tribunal de recursos recomendou que Ramadan também fosse condenado à morte, e por isso devolveu o caso à corte original.

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"Após verificar o caso, a corte de apelações concluiu que o endurecimento da sentença de prisão perpétua [transformando-a] em sentença de morte por parte da Suprema Corte Iraquiana estava de acordo com a lei, de modo que a corte de apelações decidiu manter a sentença de morte contra o criminoso Taha Yassin Ramadan", disse o juiz Munir Hadat, autorizando a execução "a qualquer momento."

Ramadan foi condenado em novembro por ter dado ordens para que homens, mulheres e crianças de Dujail fossem sistematicamente presos, torturados e mortos, depois de Saddam sofrer um atentado naquela cidade em 1982.

A entidade Human Rights Watch, de Nova York, disse não haver provas para punir Ramadan pelo massacre de Dujail.

A alta comissária de Direitos Humanos da ONU, Louise Arbour, pediu ao Iraque que poupe a vida do ex-vice-presidente, afirmando que a pena de morte violaria o direito internacional.

A execução de Saddam, em dezembro, provocou indignação entre sunitas, especialmente por causa de um vídeo gravado clandestinamente em que autoridades xiitas apareciam humilhando o ex-ditador instantes antes do enforcamento.

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Barzan Ibrahim al-Tikrit, meio-irmão de Saddam, foi executado semanas depois, num enforcamento que teve problemas e acabou provocando sua decapitação.