Forças israelenses concluíram nesta terça-feira a desocupação de todos os assentamentos marcados para desmantelamento, sob o plano de retirada da Faixa de Gaza e de parte da Cisjordânia, do primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon. A execução do plano marcou a primeira vez, desde a guerra de 1967 que colonos israelenses deixam terras palestinas. Nas duas últimas colônias desocupadas - Sanur e Homesh, na Cisjordânia - as tropas foram recebidas nesta terça-feira com violência. A retirada da Faixa de Gaza, que foi total, terminara na segunda-feira.
Forças israelenses invadiram os dois assentamentos ainda ocupados na Cisjordânia nesta terça-feira e retiraram judeus ultranacionalistas entrincheirados, na última frente de resistência contra o plano de retirada.
A polícia invadiu um prédio e sinagogas em Sanur e Homesh, tornados em fortalezas pelos radicais. A maioria dos colonos já havia deixado os assentamentos, mas manifestantes que se concentraram ali nos últimos dias para dificultar a retirada não saíram sem muito barulho. As tropas foram recebidas com uma chuva de pedras, garrafas, lâmpadas, tinta, ketchup, ovos, óleo de cozinha e até urina. Uma mulher foi presa depois de tentar esfaquear uma militar.
Alguns colonos foram retirados da laje de uma sinagoga com ajuda de uma escavadeira, que antes golpeou barreiras de pneus em chamas e entulho, nos portões de entrada das colônias de Sanur e Homesh.
Dentro do plano de retirada do primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, estava prevista a retirada de todos os 21 assentamentos da Faixa de Gaza e de quatro assentamentos da Cisjordânia. Sharon, porém, prometeu manter as maiores colônias do território, onde 230 mil israelenses vivem entre 2,4 milhões de palestinos.
Na semana passada, a polícia e o Exército iniciaram o processo de retirada forçada dos colonos que não saíram voluntariamente da Faixa de Gaza, num processo marcado por protestos que terminou na segunda-feira.
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