Tropas terrestres israelenses entraram na manhã desta segunda-feira no território sul do Líbano para atacar bases do Hezbollah próximas da fronteira, disse um porta-voz do governo. Depois da operação, as tropas saíram do território libanês.
A incursão ocorreu depois de o Exército do Estado judeu ter anunciado acreditar que um terço dos foguetes de longo alcance dos radicais esteja fora de ação. Nesta segunda-feira, novos artefatos lançados pelo Hezbollah atingiram cidades israelenses.
Esta é a primeira vez em que Israel envia nesta ofensiva, detonada após o seqüestro de dois militares pelo Hezbollah, tropas terrestres para o Líbano. Antes, os ataques estavam sendo limitados à ação de aeronaves, navios e canhões de artilharia.
Os piores combates desde que Israel invadiu o Líbano em 1982 já mataram 189 pessoas no Líbano - todas elas, à exceção de 13, civis - e outras 24 em Israel, incluindo 12 civis, atingidos por ataques com foguetes. O chefe da diplomacia da União Européia (UE), Javier Solana, disse estar pessimista quanto a um cessar-fogo.
A artilharia israelense bombardeou nesta segunda-feira de forma massiva e sem precedentes a fronteira com o Líbano, de onde a milícia xiita lança seus foguetes, enquanto as infraestruturas libanesas continuaram sendo alvo dos ataques de Israel pelo sexto dia consecutivo.
Ao menos 30 pessoas morreram e outras dezenas ficaram feridas nos ataques lançados nesta segunda-feira pelo Exército israelense contra meia centena de alvos, entre eles o porto de Beirute e, de novo, o aeroporto internacional da capital.
Entre os mortos há nove soldados libaneses atingidos por um projétil no pequeno porto de pescadores de Abdeh, a cerca de seis quilômetros da fronteira com a Síria, quando se encontravam em destacamento, segundo fontes dos serviços de inteligência.
O ataque aconteceu depois da televisão Al-Manar, pertencente ao Hezbollah, ter informado que ao menos quatro pessoas morreram pelo impacto de vários projéteis israelenses em uma zona do sul de Beirute.
Os bombardeios aéreos e marítimos israelenses se estenderam nesta segunda-feira do sul e leste de Beirute para a parte norte da cidade, onde foram atacados depósitos de combustíveis em Dora, saída norte da capital libanesa.
Além da capital, os ataques afetaram a cidade de Baalbek, outro reduto do Hezbollah na zona meridional libanesa, assim como a cidade de Trípoli, no norte.Milícia responde com nova chuva de foguetes
Lançamento de foguetes
Também nesta segunda-feira a milícia libanesa continuou lançando seus foguetes contra várias localidades, entre elas a cidade de Haifa, do norte israelense. Um foguete fez ruim um prédio de três andares em uma área residencial.
Foguetes da milícia libanesa também atingiram pontos no oeste da Galiléia e na cidade de Akko, na Baía de Haifa, deixando seis feridos, segundo fontes militares.
Pela primeira vez, o Hezbollah atacou localidades israelenses do vale de Jezreel, entre elas Afula, a do Alto Nazaré, a de Migdal Haemek, e Guivat Elah, a 50 quilômetros da fronteira com o Líbano. Pouco depois, a artilharia israelense, apoiada pela aviação, iniciou seu bombardeio contra posições da milícia islâmica na fronteira israelense-libanesa.
As autoridades militares israelenses advertiram nesta segunda-feira a população do centro do país, incluídas as cidades costeiras de Herzlia, Netânia e Tel Aviv, sobre a possibilidade de um ataque do Hezbollah com foguetes Zelzal, com um alcance de 200 quilômetros.
Como a PF costurou diferentes tramas para indiciar Bolsonaro
Cid confirma que Bolsonaro sabia do plano de golpe de Estado, diz advogado
Problemas para Alexandre de Moraes na operação contra Bolsonaro e militares; assista ao Sem Rodeios
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
Deixe sua opinião