O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse neste sábado (22) que ainda considera recorrer a uma ação militar contra o Irã, depois de o país ter derrubado um drone do governo norte-americano. Trump afirmou que o uso da força está "sempre na mesa até que a questão seja resolvida".
O presidente dos EUA voltou a comentar que abortou o ataque aéreo previsto para a última quinta-feira (20) depois de tomar conhecimento de que 150 pessoas morreriam. "Não quero matar 150 iranianos. Não quero matar 150 de qualquer coisa ou qualquer pessoa, a menos que seja absolutamente necessário", declarou Trump a repórteres quando saía da Casa Branca para passar o fim de semana em Camp David, casa de campo presidencial próxima a Washington.
Trump disse também que "apreciou muito" a decisão da Guarda Revolucionária do Irã de não abater um avião espião dos EUA que transportava mais de 30 pessoas. Comentou ainda que a queda do drone do governo americano foi "provavelmente intencional", contrariando o que havia afirmado na última quinta-feira.
Medidas de segurança
Neste sábado, o Iraque reforçou medidas de segurança na base aérea de Balad, no norte de Bagdá, uma das maiores do país e que é utilizada por forças do governo norte-americano, conforme informou um oficial iraquiano de alta patente. O exército dos EUA divulgou que as operações na base estavam dentro da normalidade e que não há planos para que tropas americanas deixem o local.
Conforme informou o general iraquiano Falah Fares, as medidas incluem toque de recolher noturno, aumento da segurança dentro e fora da base, bem como vigilância de áreas próximas ao local. Segundo Fares, tais medidas estão sendo adotadas de forma coordenada com os EUA. "Todos os movimentos desnecessários foram reduzidos", afirmou. As mudanças foram implementadas após Balad, que abriga um esquadrão de caças iraquianos F-16, ter sido atingida por três morteiros na semana passada - não houve baixas.
Assim como seu vizinho Irã, o Iraque é de maioria xiita e vem tentando manter bom relacionamento com os aliados Teerã e Washington. O país abriga mais de 5 mil soldados dos EUA e também milícias poderosas apoiadas pelo Irã - algumas das quais querem que as forças americanas deixem o território iraquiano.
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