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Trump e Clinton dominam primárias e se aproximam da disputa presidencial

 | Eduardo Munoz Alvarez/AFP
(Foto: Eduardo Munoz Alvarez/AFP)

O republicano Donald Trump venceu nos cinco estados que realizaram primárias na terça-feira (26) e a democrata venceu quatro disputas, o que aproximou os dois ainda mais da candidatura de seus partidos às eleições presidenciais de novembro nos Estados Unidos.

O pré-candidato republicano à Casa Branca Donald Trump venceu as primárias nos estados da Pensilvânia, Maryland, Connecticut, Rhode Island e Delaware, enquanto Hillary Clinton ganhou em Maryland, Delaware, Pensilvânia e Connecticut. Clinton perdeu para o senador Bernie Sanders apenas em Rhode Island.

Trump e Hillary Clinton são os francos favoritos para conseguir a indicação de seus partidos à eleição presidencial de novembro.

Matematicamente, Hillary e Trump não ultrapassaram nesta terça-feira a maioria necessária de delegados para obter a indicação de seus partidos, mas deram mais um passo em direção a sua meta.

Nocaute

Após as cinco vitórias, Trump afirmou já se sentir como o “indicado” do partido Republicano para as eleições presidenciais de novembro.

“Esta foi, para mim, a maior das noites. Já me considero o indicado, absolutamente. O senador (Ted) Cruz e o governador (John) Kasich deveriam abandonar suas campanhas. Não têm mais um caminho para vencer. Agora devemos pensar no partido Republicano”.

“Estou ganhando. No que me diz respeito, isto já acabou, estes dois não podem mais vencer. A melhor maneira de vencer o sistema é com noites como esta (...), quando um boxeador leva o outro ao nocaute e não tem que esperar pela decisão”.

A seis semanas do fim das disputas internas, o magnata acredita que chegará “muito facilmente” aos 1.237 delegados necessários para declarar vitória absoluta na convenção republicana, que acontecerá de 18 a 21 de julho em Cleveland.

Toda a estratégia de seus rivais se concentra em deter a qualquer custo Trump antes que ele alcance a marca necessária. O objetivo final é provocar um cenário que não é visto desde 1976: uma convenção “aberta”, na qual os delegados deverão votar, quantas vezes for necessário, até designar um candidato por maioria absoluta. Até esta terça, Trump somava 846 delegados, segundo a rede CNN.

Entre os republicanos, o senador Ted Cruz e o governador de Ohio, John Kasich, anunciaram uma “aliança” para impedir que Trump consiga o número mínimo de delegados.No Twitter, Trump afirmou nesta terça que o acerto entre Cruz e Kasich “é uma piada que não funcionou, não foi respeitada e está praticamente morta. Algo muito estúpido”.

O magnata nova-iorquino expressou confiança de que vencerá a disputa “no primeiro round”, evocando uma vitória por nocaute. “É a única coisa que nos importa”, disse.

Na Filadélfia, onde o Partido Democrata realizará sua convenção de 25 a 28 de julho, Clinton se mostrou confiante em obter o apoio dos eleitores de Sanders “para unificar o nosso partido e vencer esta eleição” presidencial.

“Há muito mais coisas que nos unem do que coisas que nos dividem”, disse Clinton fazendo um apelo aos democratas, independentes e até republicanos para enfrentar “candidatos do outro lado que ameaçam direitos e colocam uns contra os outros”.

Clinton já tem mais de 2 mil delegados, contra apenas 1.300 de Sanders, segundo a rede CNN, que inclui os 500 chamados “super-delegados” (funcionários e figuras do partido). São necessários 2.383 delegados para garantir a indicação democrata.

No lado democrata, a vantagem da ex-secretária de Estado aumenta as pressões no partido para que o senador Sanders jogue a toalha. A decisão liberaria Hillary para se dedicar à segunda e decisiva fase da corrida pela Casa Branca.

Sanders já antecipou que não pretende interromper sua campanha pelo menos até as primárias de Califórnia, previstas para 7 de junho.

Em um comício na Virgina Ocidental, o senador não fez qualquer menção a uma desistência da candidatura.

“Quase todas as pesquisas nos mostram vencendo Trump”, disse o senador por Vermont, convencido de que sua mensagem anti-sistema e anti-Wall Street deve ter espaço no programa do Partido Democrata

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