Convencido de sua força antes desta nova “Super Terça”, o bilionário americano Donald Trump pediu ao Partido Republicano nesta sexta-feira (11) que se una ao seu redor e pediu o fim dos debates.
O empresário convocou uma entrevista coletiva em seu clube Mar-A-Lago, em Palm Beach, na Flórida, para anunciar a mais recente adesão à sua pré-candidatura, o neurocirurgião aposentado Ben Carson, que abandonou a corrida das prévias republicanas na semana passada.
Fazendo as pazes, os dois deixaram para trás insinuações e ofensas lançadas por Trump. No início da campanha, Carson chegou a ameaçar o magnata muito brevemente nas pesquisas, mas sua candidatura acabou não decolando.
Bastante respeitado entre os conservadores cristãos evangelistas, o neurocirurgião elogiou a personalidade e a liderança do favorito à indicação republicana e insistiu em que, em privado, Donald Trump é muito diferente da imagem que passa em público.
“Há dois Donald Trump: o que se vê no palco, e o outro, muito cerebral, com quem se pode ter uma boa conversa”, explicou Ben Carson.
“Provavelmente, há dois Donald Trump: a versão pública que a gente vê (...), provavelmente diferente do Donald Trump privado”, reforçou o empresário, quase corrigindo-se, logo em seguida.
“Não acho que haja dois Donald Trump”, esclareceu, acrescentando “sou um pensador, sempre fui um pensador”.
Na tentativa de evitar um cisma, o diretor do Comitê Nacional republicano, Reince Priebus, insistiu, na quinta-feira, em que o partido apoiará “100%” o vencedor, quem quer que seja. Destacou, porém, que o setor “anti-Trump” continua angariando o apoio de personalidades conservadoras e financiando propagandas negativas.
Donald Trump deu a entender que não participará de mais nenhum debate com seus oponentes, embora o partido já tenha anunciado uma última transmissão em 21 de março, em Salt Lake City. “Vou ser franco. É hora de acabar com os debates”, defendeu.
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