O Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) do Equador prometeu anunciar o resultado da eleição de domingo nesta quarta-feira, desafiando os candidatos que se sentiram prejudicados pelo atraso na apuração que provem a suposta fraude. A transmissão e a contagem estavam a cargo do consórcio brasileiro E-Vote. O sistema brasileiro entrou em colapso quando haviam sido totalizados cerca de 70% dos votos, e o TSE decidiu romper o contrato .
O E-Vote é formado pelas mesmas duas empresas que totalizam e transmitem os dados das eleições brasileiras.
O presidente do TSE, Xavier Cazar, ameaçou punir quem promover atos de violência ou "insistem no caos" no país, com denúncias "infudadas e carentes de sustentação jurídica".
A totalização está sendo feita manualmente.
Cazar disse que as sanções podem incluir até prisão. Ele deu o aviso numa coletiva de imprensa na sede do TSE, que foi assediada por dezenas de manifestantes que denunciavam a suposta fraude.
Cazar disse que o consórcio terá de pagar uma multa de US$ 250 mil e devolver o dinheiro já pago US$ 2,5 milhões, de um total contratado de US$ 5,2 milhões. O TSE também vai apresentar um pedido na Justiça de ressarcimento por danos e prejuízos.
Pelo resultado incompleto, o candidato Álvaro Noboa, um magnata exportador de bananas considerado o homem mais rico do país, tinha 4 pontos percentuais á frente do nacionalista Rafael Correa, que liderava as pesquisas de opinião.
Na segunda-feira, o presidente do parlamento equatoriano, Wilfrido Lucero, enviou ofício em que pede a Cazar que vá à Câmara na quarta-feira explicar o caso.
Também na quarta-feira, segundo o presidente da Comissão Jurídica do TSE, o tribunal anunciará os resultados oficiais da eleição presidencial. Na quinta-feira, serão anunciados os deputados federais e os parlamentares andinos eleitos.
Torres disse que os dados da E-Vote, embora extra-oficiais, são tirados de votos reais.
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