Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Drama

Túnel para resgate começa a ser cavado hoje

O ministro da Mineração Laurence Goldborne (à esquerda) reafirma que o resgate pode levar de três a quatro meses | Ivan Alvarado / Reuters
O ministro da Mineração Laurence Goldborne (à esquerda) reafirma que o resgate pode levar de três a quatro meses (Foto: Ivan Alvarado / Reuters)

Mina de San José, Chile - Os 33 mineiros chilenos que estão presos a 700 metros de profundidade, na câmara de segurança da mina de San José, terão que ajudar no próprio resgate – afastando toneladas de rochas que cairão para dentro da mina à medida que a furadeira hidráulica especial perfurar o túnel de 60 a 70 centímetros de diâmetro, disse ontem o engenheiro responsável pelo trabalho de resgate, Andrés Sougarret, da mineradora Codelco. Após ter cavado três pequenos buracos que permitiram a entrega, com uma sonda, de alimentos e remédios aos mineiros, a Codelco começará a cavar o túnel de resgate na tarde de hoje.

"Os mineiros terão de afastar todo o material que cair na câmara", disse Sougarret, em entrevista à Associated Press. Segundo o engenheiro, eles conseguirão fazer isso porque têm equipamentos adequados e existe espaço, fora da câmara, para onde as rochas e os detritos poderão ser empurrados. Sougarret não quis dizer quanto tempo o trabalho de resgate levará. Quando o tú­­nel começar a ser perfurado, a equipe deverá decidir se fixará as paredes com tiras de metal, para evitar que elas desabem. "Talvez não precisemos usar isso porque a rocha é de alta qualidade, muito forte", disse.

No sábado, o ministro da Mi­­neração do Chile, Laurence Gol­bor­­ne, reiterou que o governo estima que o resgate levará entre três e quatro meses. Golborne des­­cartou declarações de engenheiros locais, os quais disseram que o tempo de resgate seria mui­­to mais curto. "Até agora, não existe alternativa que permita tirá-los de lá em menos de 30 dias", afirmou.

Acampamento

Segundo Golborne, os mineiros estão mudando seu acampamento para uma parte mais seca, situada a 300 metros do atual. A princípio, o acampamento havia sido montado em um local bastante amplo, mas muito úmido e quente. A alta umidade associada ao calor produziu fungos e feridas nos corpos de alguns mi­­neiros, que es­­tão sendo tratados com medicamentos enviados da superfície, revelaram as autoridades.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.