Um militante suicida, aparentemente com explosivos escondidos no turbante, matou quatro pessoas na quinta-feira no Afeganistão, durante uma cerimônia fúnebre em memória de Ahmad Wali Karzai, irmão do presidente do país, que foi assassinado nesta semana.

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Entre os mortos está um influente clérigo muçulmano. O atentado ocorreu na Mesquita Vermelha de Kandahar, e deixou também 15 feridos, segundo o Ministério do Interior.

O presidente Hamid Karzai já havia regressado a Cabul depois do sepultamento do irmão, na quarta-feira. A cerimônia tinha a participação de vários ministros e parentes do presidente, que escaparam ilesos.

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"Quatro pessoas, inclusive uma criança, foram martirizadas. Entre os mortos estava o chefe do Conselho Ulemá provincial, Hikmatullah Hikmat", disse o Ministério do Interior em nota. O Conselho Ulemá é um órgão clerical que regulamenta questões religiosas.

As ruas em torno da mesquita foram interditadas após o ataque. Um porta-voz da Isaf (força militar da Otan) disse que helicópteros estrangeiros foram cedidos às autoridades de segurança locais que lidam com o caso.

Wali Karzai, meio-irmão mais novo do presidente e um dos homens mais influentes e polêmicos do sul do Afeganistão, foi morto a tiros por um segurança na terça-feira, dentro da sua casa. Seu assassinato despertou temores de um vácuo de poder no já volátil sul afegão.

Aos prantos, Karzai enterrou o irmão na quarta-feira, mas prontamente deu a outro irmão um dos cargos deixados por Wali Karzai, numa aparente tentativa de evitar disputas políticas.

Pelo Twitter, o canal de TV local Tolo noticiou uma segunda explosão perto de um comboio policial no bairro de Loya Wiala, em Kandahar, mas não houve confirmação oficial disso.

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