O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, pediu nesta quinta-feira (15) a realização de uma reunião extraordinária do Conselho de Segurança da ONU para debater o "massacre" que, segundo ele, ocorreu ontem no Egito, onde 421 pessoas morreram e outras 3.572 ficaram feridas após uma operação policial contra islamitas.
"Aqueles que permanecem em silêncio frente a este massacre são tão culpados como aqueles que realizaram. O Conselho de Segurança tem que se reunir rapidamente", reivindicou o chefe do Governo turco em uma entrevista coletiva em Ancara.
Erdogan, que qualificou de golpe de Estado a destituição do presidente Mohammed Mursi, advertiu que o que está ocorrendo no Egito é um teste para a democracia no Ocidente.
"Essa gente (os egípcios) ganharão antes ou depois sua luta pela democracia. O ocidente tem que compreender isto (...)", assegurou Erdogan.
As autoridades egípcias informaram hoje que pelo menos 421 pessoas morreram e 3.572 ficaram feridas nos distúrbios de ontem no Egito, desencadeados após a operação policial lançada para desmontar acampamentos islamitas em duas praças da capital.
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