A Ucrânia irá se desfazer de seu estoque de urânio altamente enriquecido até 2012, disse a Casa Branca nesta segunda-feira no primeiro resultado real da cúpula de segurança nuclear com 47 países.
O porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, disse que a Ucrânia tem a intenção de remover uma "parte substancial de seus estoques" neste ano e que converteria suas instalações de pesquisas nucleares de modo a operarem com combustível de urânio baixamente enriquecido.
Os Estados Unidos darão apoio financeiro e assistência técnica à Ucrânia e deverão armazenar parte do urânio altamente enriquecido em solo norte-americano, afirmou.
A decisão da Ucrânia, que voluntariamente abriu mão das armas nucleares herdadas com o colapso da União Soviética, deve tornar mais difícil que terroristas se apossem de material que possa ser usado em bombas atômicas.
"Hoje a Ucrânia anunciou uma decisão histórica para se livrar de todo o seu estoque de urânio altamente enriquecido até a próxima cúpula de segurança nuclear, em 2012", disse Gibbs a repórteres durante o encontro, organizado pelo presidente norte-americano, Barack Obama.
"Isto é algo que os EUA tentavam fazer por mais de 10 anos. O material é suficiente para construir várias armas nucleares", afirmou.
Diplomatas afirmaram que o comunicado final da cúpula poderá instar os países a converterem reatores nucleares abastecidos por combustíveis altamente enriquecidos por reatores que usem combustível baixamente enriquecido, mais difíceis de serem adaptados para produzirem armas nucleares.
O objetivo de Washington com a cúpula é de chegar a um acordo comum sobre a ameaça constituída pelo terrorismo nuclear e concordar em um plano de redução de material nuclear nos próximos quatro anos.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
Enquete: como o Brasil deve responder ao boicote de empresas francesas à carne do Mercosul?
“Esmeralda Bahia” será extraditada dos EUA ao Brasil após 9 anos de disputa
Deixe sua opinião