Um oficial ucraniano disse que forças russas se apoderaram de uma estação de distribuição de gás natural próxima da Crimeia neste sábado, véspera da realização de um referendo sobre se a região deve ser anexada por Moscou. A ação em Strelkova parece ser a primeira para além dos limites da Crimeia, que está sob o controle efetivo de forças russas desde o mês passado.
Oleg Slobodyan, um porta-voz da segurança de fronteira, disse que um contingente de cerca de 120 militares ocuparam a estação em Strelkova, que fica num raio de distância de cerca de 10 quilômetros da Crimeia. O Ministério da Defesa havia informado antes que uma tentativa russa de tomar a estação havia sido frustrada, mas Slobodyan afirmou que tal informação estava desatualizada.
Enquanto a Crimeia se prepara para o referendo, dezenas de peças de propaganda pela capital da região programam "Juntos com a Rússia". Algumas foram pichadas e no lugar de "Rússia" se escreveu "Ucrânia". A questão de se a Crimeia, uma península estratégica que sedia uma importante base naval russa, deve ser parte da Rússia levanta paixões dos dois lados.
Apoiadores dizem que a região pertence a Rússia por direito e que o governo que substituiu o presidente Viktor Yanukovych é composto por nacionalistas de mentalidade fascista que abusam da maioria étnica russa da Crimeia. Oposicionistas criticam a mão pesada da Rússia, já que a Crimeia está efetivamente sob controle de Moscou desde o envio de forças mês passado.
Em Simferopol, ao menos mil pessoas lotaram uma praça neste sábado em frente a um equipamento de som e duas grandes telas de TV enquanto se exibiam musicais russos louvando a "amizade das nações" e a própria Rússia. Um conjunto com fantasias de personagens de contos de fadas cantava "não deixe de se apaixonar pela Rússia". Nenhuma bandeira Ucraniana era visível.
- Kiev dissolve Parlamento da Crimeia, que já celebra união com Rússia
- Fracassa nova negociação para por fim na crise ucraniana
- Presidente interino da Ucrânia diz que país vai fortalecer Forças Armadas
- Premiê ucraniano acusa Rússia de "agressão militar sem motivos"
- Rússia faz exercícios militares na fronteira com a Ucrânia
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura