As autoridades da Ucrânia e as milícias pró-Rússia se acusaram mutuamente nesta terça-feira (24) de violação da trégua estipulada na segunda-feira (23), após o cessar-fogo unilateral ordenado pelo presidente ucraniano, Petro Poroshenko, como o primeiro passo de um plano de paz para as regiões do sudeste do país.

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"Os guerrilheiros não interromperam os ataques contra as posições das tropas ucranianas", escreveu no Facebook Vladislav Selezniov, porta-voz do comando da operação militar que o governo de Kiev realiza nas regiões de Donetsk e Lugansk.

Selezniov acrescentou que, ontem à noite, depois que líderes pró-russos aceitaram aderir ao cessar-fogo, pelo menos dois postos fortificados das tropas ucranianas foram atingidos por disparos, sem que houvesse baixas entre os efetivos.

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Os militares ucranianos, segundo Selezniov, não estão realizando nenhum tipo de operação e se limitam a missões de vigilância e de defesa de "determinados setores" da fronteira da Ucrânia, em alusão à faixa limítrofe com a Rússia.

Segundo um representante do comando das milícias pró-russas de Lugansk, o Exército ucraniano castigou com fogo de artilharia a cidade de Privolie ontem à noite.

"Há vítimas, bombardeiam a mina Privolnianka", disse o porta-voz das milícias à agência russa "Interfax".

A trégua foi estipulada ontem na cidade de Donetsk, capital de região homônima, nas primeiras conversas entre representantes do governo de Kiev e os líderes da insurgência pró-russa desde que começaram os enfrentamentos armados.

"Chegamos ao acordo de uma trégua até às 10h da manhã do dia 27 de julho", declarou no final da reunião o ex-presidente ucraniano Leonid Kuchma, que representou o governo nas conversas, nas quais também participou o embaixador russo em Kiev, Mikhail Zurabov.

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