A União Europeia (UE) advertiu sobre a possibilidade de novas sanções ao presidente de facto de Honduras, Roberto Micheletti, se não houver uma solução rápida e pacífica para a crise política no país. Os ministros de Relações Exteriores do bloco indicaram que estão "prontos para tomar novas medidas restritivas", a menos que retorne ao poder, antes das eleições de 29 de novembro, o presidente eleito do país, Manuel Zelaya. A pressão internacional, que inclui a suspensão de fundos de assistência norte-americana para o Exército, não convenceu o governo de Micheletti a permitir a volta de Zelaya ao posto.
Os ministros da UE se disseram prontos para impor mais restrições contra "os integrantes do governo de facto". Entre as medidas, pode haver proibições de viagens, que se somariam à suspensão de contato com o governo Micheletti e à retenção de 65 milhões de euros (US$ 94 milhões) em ajuda a Honduras.
Zelaya foi deposto em um golpe de Estado no dia 28 de junho. O governo de facto, porém, afirma que ele tentava aprovar uma lei para se reeleger, o que seria proibido pela Constituição hondurenha. A União Europeia apoia os esforços do presidente da Costa Rica, Oscar Arias, mediador de uma solução negociada para a crise.
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