| Foto: Daniel Mihailescu/AFP

Os líderes da União Europeia (UE) chegaram a um consenso na noite desta quinta-feira (17) sobre as propostas da Turquia para conter o fluxo de refugiados no continente.

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A posição do bloco deve ser apresentada ao premiê turco, Ahmet Davutoglu, ainda na manhã desta sexta-feira (18), no segundo dia da cúpula do bloco sobre o tema, em Bruxelas (Bélgica).

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Os europeus concordam com o principal ponto apresentado por Ancara na reunião anterior, no dia 7 de março: os turcos se dispõem a levar de volta para seu território migrantes e refugiados que tenham chegado a ilhas gregas em travessias ilegais. Em contrapartida, a cada sírio recolhido nessas operações, a UE se compromete a reassentar em um de seus países-membros outro sírio que esteja legalmente vivendo em acampamentos na Turquia.

Segundo a imprensa alemã, que teve acesso a trechos do rascunho do acordo costurado na quinta, essa troca de sírios já valeria a partir deste domingo (20).

A UE tenta fixar um limite para acolher os reassentados; no rascunho, está o teto de 72 mil, mas a Grécia é contrária à fixação de uma medida desse tipo antes que se consiga desmontar as quadrilhas que fazem as viagens pelo mar Egeu levando os refugiados.

Rota balcânica

O objetivo maior da UE é fechar a chamada “rota balcânica”, principal via de entrada dos refugiados que vêm da Turquia rumo à Europa central. Por esse caminho passaram cerca de 1 milhão de pessoas em 2015.

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Nesta sexta, uma troica formada por Donald Tusk (presidente do Conselho Europeu), Jean-Claude Juncker (presidente da Comissão Europeia, braço executivo da UE) e o premiê holandês, Mark Rutte, se encontra com Davutoglu para tentar finalizar o acordo.

O provável pacto com a Turquia tem sido alvo de críticas da ONU e de entidades de defesa dos direitos humanos, que apontam violações às convenções de proteção a refugiados.

Dentro da própria UE há resistência sobre negociar com o governo turco, que internamente tem promovido forte repressão à liberdade de expressão, com prisão de jornalistas e tomada de controle de veículos ligados à oposição, como o diário “Zaman”.