A República Tcheca - país que é atual presidente da União Européia - disse nesta sexta-feira (2) que a disputa de gás entre a Rússia e a Ucrânia é um problema bilateral e não irá interferir até que a oferta de gás do bloco seja afetada.
A distribuição de gás russo para a Ucrânia foi suspensa em meio a uma disputa contratual, fortalecendo preocupações entre as distribuidoras da União Européia, com alguns Estados já registrando baixa no abastecimento.
Um dia após Praga assumir a Presidência rotativa da UE, o primeiro-ministro tcheco, Mirek Topolanek, se encontrou com autoridades da Ucrânia, rota de distribuição de gás para o bloco, nesta sexta-feira. Autoridades tchecas gostariam de se reunir com seus colegas russos em alguns dias.
"Debatemos que é inaceitável para a União Européia que o conflito entre duas companhias privadas possa enfraquecer a oferta de gás para a UE", disse o porta-voz da Presidência tcheca da UE, Jiri Potuznik.
"Mas no momento nós realmente acreditamos que é um problema bilateral e será resolvido pelas duas companhias ou seus governos. Nós não vamos interferir até que a pressão do gás atinja limites de baixa".
Mais tarde, Potuznik disse que líderes tchecos devem se reunir com autoridades russas nos próximos dias para entender melhor a situação.
"Nós estamos profundamente interessados na reunião com os russos, e parece que eles estão interessados na mesma coisa. Portanto, é muito provável que a reunião aconteça dentro de alguns dias", disse ele.
A Ucrânia disse que tem uma ampla reserva de gás e está apta para manter a pressão do gás em níveis normais, disse Potuznik. No entanto, ele acrescentou: "É claro que ninguém sabe quão grande é o estoque e quais as reservas realmente são".