A Alta Representante para as Relações Exteriores e Política de Segurança da União Europeia (UE), Catherine Ashton, pediu nesta quinta-feira que o presidente da Síria, Bashar Assad, renuncie. Em comunicado, ela declarou que "a UE percebe a completa perda de legitimidade de Bashar Assad aos olhos do povo sírio e a necessidade de ele deixar o poder".
Na declaração, que promete novas sanções contra a Síria, Ashton condena a repressão do governo sírio aos manifestantes e diz que essas medidas "mostram que o regime sírio não está disposto a mudar". "As promessas do presidente de realizar reformas perderam a credibilidade, já que reformas não podem dar certo sob permanente repressão", declarou ela.
O comunicado de Ashton foi divulgado minutos depois que o governo do presidente Barack Obama ter pedido que Assad renuncie e de ter anunciado novas sanções contra o governo sírio.
Em documento conjunto, o presidente da França Nicolas Sarkozy, a chanceler alemã Angela Merkel e o primeiro-ministro britânico David Cameron disseram que regime sírio "ignorou as vozes do povo sírio e continuamente enganou a população e a comunidade internacional com promessas vazias."
Os três líderes disseram que "apoiam ativamente sanções severas da UE contra o regime do presidente Bashar Assad", que deve "enfrentar a realidade a respeito da completa rejeição de seu regime pelo povo sírio".
Os embaixadores da UE se reunirão na sexta-feira para discutir uma série de opções para a imposição de sanções contra o regime, disseram diplomatas à Dow Jones. As prováveis medidas incluem sanções aos setores de energia, bancário e de telecomunicações, bem como a expansão da atual listas de 35 indivíduos e quatro entidades governamentais que tiveram ativos congelados e são alvo de proibição de viagens e embargo de armas. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.
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