Um dos processos de reconhecimento de paternidade envolvendo o presidente paraguaio, Fernando Lugo, foi retirado nesta quinta-feira, o que pode dar oxigênio ao ex-bispo, cuja imagem foi abalada por mulheres que dizem ter tido filhos com ele.
Lugo reconheceu há alguns meses que é o pai de um menino de dois anos concebido quando ainda era sacerdote. Além disso, ele enfrenta um processo aberto por outra mulher que exige o reconhecimento da paternidade de outro menino, também de dois anos, num escândalo que correu o mundo e afetou a popularidade do presidente de esquerda.
Num terceiro caso, Benigna Leguizamón anunciou que estava desistindo do processo judicial que envolve seu filho de sete anos, mas disse que voltará a insistir quando o mandato de Lugo terminar.
Leguizamón, que é mãe de outros três filhos e vende detergentes no leste do país, havia questionado duramente Lugo, a quem responsabilizou pela miséria em que seu filho vive.
"Sou pobre e não tenho (dinheiro) para arcar com o processo. Meu julgamento fica congelado. Não posso estar em cima do expediente (o trâmite do processo), tenho de trabalhar para dar de comer aos meus filhos", disse ela a uma rádio da capital Assunção.
O processo, aberto há quase oito meses, estava paralisado devido à demora de uma câmara de recursos em se pronunciar sobre uma ação apresentada pela defesa do presidente.
O advogado de Lugo negou que a decisão tenha sido produto de um acordo extrajudicial, como disse a imprensa local.
"Não houve (acordo), porque se tivesse existido eu estaria a par. São apenas suposições", disse o advogado Marcos Fariña.
A decisão foi divulgada um dia depois de o presidente aceitar se submeter a um exame de DNA no processo movido por Damiana Morán, uma professora de 39 anos que trabalhou na campanha presidencial de Lugo em 2008.
Em seu segundo ano de mandato, o governante que acabou com mais de meio século de hegemonia do conservador Partido Colorado enfrenta o assédio da oposição, que o ameaça com um processo de impeachment.
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