A União Africana (UA) decidiu nesta sexta-feira (5) suspender o Egito da organização por causa do golpe de Estado da última quarta-feira, quando o presidente eleito, Mohammed Mursi, foi derrubado pelo militares.
"O Conselho de Paz e Segurança da UA decidiu suspender o Egito após a derrocada do presidente egípcio, democraticamente eleito", informou nesta sexta-feira a organização pan-africana através de sua página no Twitter.
Além disso, a UA também anunciou que enviará uma delegação de alto nível ao Egito para "trabalhar na restauração da ordem constitucional".
A presidente da Comissão da organização continental, Nkosazana Dlamini-Zuma, mostrou seu apoio e solidariedade ao povo egípcio e acrescentou que, "o quanto mais rápido o Egito retornar à UA, melhor será para todos".
Segundo Nkosazana, a restauração da ordem constitucional será consolidada com a convocação de uma eleição em que todos poderão participar livremente, assim como a definição de um líder eleito pelo povo.
A decisão anunciada veio à tona após uma reunião do Conselho de Paz e Segurança da UA, realizada nesta manhã na sede da organização, situada na capital etíope.
Neste encontro citado, o Ministério das Relações Exteriores da Nigéria emitiu um comunicado em que considerou "os desafortunados eventos (no Egito)" como "uma grave violação do Ato Constituinte" da UA e, por isso, pediu a "restauração imediata da ordem democrática" no país norte-africano.
Desta forma, assim como Guiné-Bissau (que passou por um golpe de Estado em 2012), República Centro-Africana (golpe de Estado em 2013) e Madagascar (golpe de Estado em 2009), o Egito também ficará afastado da organização até reestabelecer sua "ordem constitucional".
Na última quarta, o Exército egípcio depôs Mursi e designou Adly Mansour como líder interino do país. Até então presidente do Supremo Tribunal Constitucional, Mansour será responsável por convocar e supervisionar as próximas eleições presidenciais.
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