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Com o escândalo envolvendo próteses mamárias da marca francesa PIP, a União Europeia estuda tornar mais rígido o controle de implantes de seios e outros produtos médicos na região. De acordo com o porta-voz da Comissão Europeia, Fréderic Vicent, o órgão já trabalha para rever as regras em vigor desde 2007 e duas propostas devem ser apresentadas ainda neste semestre.

Segundo ele, os países precisam monitorar a rota dos implantes, da produção na fábrica até o implante na paciente.

Na França, foram identificados 20 casos de câncer em mulheres com implantes de seios da marca PIP (Poly Implants Protheses), mas não há confirmação que o produto cause a doença, conforme informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.

No entanto, o governo aconselha que 30 mil francesas retirem as próteses da marca, como precaução. Investigações indicam que a PIP usou silicone industrial para a produção dos implantes, ao invés de silicone medicinal. A taxa de ruptura de próteses da marca é muito superior em comparação à de outras marcas.

Antes da falência em março de 2010, a PIP produzia 100 mil próteses por ano, sendo que 84% delas eram exportadas para a América Latina, Espanha e o Reino Unido. Estima-se que 300 mil mulheres tenham colocado próteses da marca em todo o mundo.

Brasil

No Brasil, foram vendidas 24.534 próteses da PIP. Estima-se que 12 mil mulheres usem o produto. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica descartam a necessidade de remoção preventiva ou troca das próteses. O procedimento é indicado somente em caso de ruptura do implante. A orientação é que as mulheres procurem médicos e hospitais onde operaram para avaliar as condições da prótese.

A Anvisa já rastreou todos os municípios onde foram feitas as cirurgias plásticas com próteses mamárias da PIP. De acordo com o diretor adjunto da agência reguladora, Luiz Roberto Klassmann, as vigilâncias sanitárias estaduais e municipais serão acionadas para orientar os hospitais e clínicas a entrar em contato com as pacientes.

A imprensa francesa noticiou hoje que a PIP também produziu próteses para homens (peitoral, glúteos e testículos). O diretor Klassmann afirmou que a EMI, que importava o produto da marca francesa, tinha autorização somente para vender próteses mamárias femininas no Brasil.

Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa

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