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Seis funcionários que estavam trabalhando para controlar o vazamento na usina nuclear de Fukushima Daiichi, no Japão, foram expostos a mais radiação do que o nível permitido sob os novos padrões de segurança, segundo o governo japonês. Com a informação, sobe para oito o número de funcionários contaminados.

Anteriormente, a operadora da usina, a Tokyo Electric Power (Tepco), disse que dois trabalhadores tinham sido expostos a uma radiação de 600 millisieverts (unidade de medida de radiação).

Estima-se que os últimos seis funcionários tenham recebido algo entre 265 millisieverts e 498 millisieverts de radiação.

Uma exposição a 500 millisieverts pode comprometer o sistema imunológico. O dobro de radiação causa queda de cabelos e náusea.

Dos oito contaminados, três são operadores de salas de controle e os outros cinco reparavam o sistema elétrico da usina, derrubado após o terremoto seguido de tsunami que atingiu a região em 11 de março e matou quase 24 mil pessoas.

Segundo a Tepco, nenhum dos seis funcionários apresentava problemas de saúde, mas serão monitorados no longo prazo por risco de terem câncer. Os oito contaminados foram transferidos para postos administrativos.

Cerca de 2.400 trabalhadores já foram submetidos a exames, mas há a suspeita de mais casos de contaminação.

Indenização

O gabinete japonês aprovou ontem um plano para ajudar a Tokyo Electric Power a compensar os danos nucleares provocados pelo terremoto. Ainda não está claro quando, ou se, o plano se tornará uma lei devido à precária situação política do altamente impopular primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, que não tem conseguido avançar com vários projetos de lei relacionados ao desastre num Parlamento dividido.

O ministro do Comércio, Banri Kaieda, cujo ministério regula a Tepco e outras instalações de energia, disse em entrevista que o governo pretende apresentar o projeto de indenização ao Parlamento o mais rápido possível. Ele também afirmou que um aumento substancial das taxas de energia elétrica pela concessionária para financiar os pagamentos seria inaceitável e que a Tepco teria que vender ativos para minimizar o reajuste tarifário.

Embora o plano tenha sido criado para restaurar a confiança do mercado, as ações da Tepco têm recuado, refletindo o ceticismo dos investidores sobre o destino do plano e da própria empresa.

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