A Universidade de São Paulo (USP) divulgou nesta terça uma nota lamentando a morte do antropólogo francês Claude Lévi-Strauss, que faleceu aos cem anos. Entre 1935 e 1939, o pensador do estruturalismo viveu no Brasil e foi professor da USP, que então estava no seu início. Segundo a nota, ele "estudou na Universidade de Paris e demonstrou verdadeira paixão pelo Brasil conforme registrado em sua obra de sucesso 'Tristes Trópicos', em que conta como sua vocação de antropólogo nasceu durante as viagens ao interior do País.

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Lévi-Strauss nasceu em Bruxelas, em 1908, e completaria 101 anos no próximo mês. De acordo com seus colegas da Escola de Estudos Sociais, ele morreu na madrugada do domingo. Formado como filósofo, o intelectual alcançou a fama com seu livro "Tristes Trópicos", de 1955, um relato do período em que viveu no Brasil, bem como das expedições que fez ao norte do Paraná, Mato Grosso e Goiás, onde conviveu com tribos indígenas. O livro é considerado um dos mais importantes do Século 20.

O antropólogo era um proponente do estruturalismo, teoria que busca descobrir os padrões primitivos e escondidos do pensamento que acredita-se determinam a realidade externa da cultura humana e das relações. O estruturalismo também era, Lévi-Strauss gostava de dizer, "a busca por harmonias insuspeitas"

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A academia francesa e a elite cultural se mobilizaram para prestar homenagens a Lévi-Strauss com um programa de filmes, leituras e reflexões sobre sua contribuição ao pensamento moderno. Entre as mais incisivas conclusões do trabalho do antropólogo está a ideia de que não existem diferenças fundamentais entre os sistemas de crenças e mitos dos chamados povos "primitivos" e os sistemas das modernas sociedades ocidentais. As informações são da Dow Jones