Subiu para pelo menos 92 o número de pessoas mortas e 1.500 ficaram feridas hoje em um terremoto no centro da Itália, afirmou o primeiro-ministro Silvio Berlusconi.
"Ninguém será abandonado ao seu destino", disse Berlusconi, ao prometer ajuda às vítimas. Funcionários do setor de emergência confirmaram as mortes. Berlusconi concedeu entrevista coletiva no local do epicentro do terremoto, a capital de Abruzzo, L'Aquila. Ele falou pouco após a atualização do número de vítimas fatais.
"Entre as vítimas há dois estudantes, incluindo um da República Checa", disse o primeiro-ministro. Segundo Berlusconi, está sendo preparada uma vila com tendas, que servirá de abrigo para entre 16 mil e 20 mil pessoas. O local deve ficar pronto no fim do dia. Os serviços de emergência apontam que aproximadamente 50 mil pessoas perderam suas casas por causa do terremoto ocorrido na madrugada.
O primeiro-ministro comentou que novos tremores de terra podem acontecer e que disse nenhum morador poderá permanecer nos imóveis afetados. Diversos prédios e casas do centro histórico de L'Aquila correm o risco de desabar, prosseguiu o chefe de governo italiano, que decretou estado de emergência. Imóveis inteiros foram reduzidos a ruínas no meio da madrugada. Dezenas de milhares de pessoas ficaram desabrigadas, informaram autoridades locais.
O Instituto de Pesquisa Geológica dos Estados Unidos informou que seus sismógrafos registraram um abalo sísmico de 6,3 graus na escala Richter; já os equipamentos do Instituto Nacional de Geofísica da Itália marcaram magnitude de 5,8. O epicentro foi registrado nas proximidades de L'Aquila, na região de Abruzzo, 110 quilômetros a nordeste de Roma. O tremor atingiu com força 26 cidades da região. Desde o início de abril até a catástrofe de hoje, nove abalos menores foram registrados ali.