O resultado do referendo convocado pelo governo suíço que proibiu a construção de novos minaretes na Suíça foi alvo de críticas oriundas de governos e instituições religiosas, tanto islâmicas quanto cristãs. Os minaretes são as torres altas das mesquitas, usadas para convocar os fiéis para as orações.
O Vaticano condenou ontem o resultado. O porta-voz da Conferência dos Bispos da Suíça, Walter Müller, qualificou de "forte golpe à liberdade religiosa".
Segundo bispos citados pelo Jornal do Vaticano, o resultado do referendo "complica as coisas para os cristãos que vivem em países onde a liberdade religiosa já é limitada".
A principal organização muçulmana da Indonésia e o grande mufti do Egito também criticaram ontem o resultado do referendo.
"É um sinal de ódio dos suíços com os muçulmanos. Não querem que o islã esteja presente em seu país. Essa rejeição os torna intolerantes", declarou o diretor da Nahdlatul Ulama (NU), Maskuri Abdillah.
O ministro sueco das Relações Exteriores, Carl Bildt, cujo país detém atualmente a presidência rotativa da União Europeia, destacou que a medida envia um "sinal negativo" ao mundo muçulmano. "É a expressão de um preconceito e talvez de um medo, mas está claro que se trata de um sinal negativo, não tenho nenhuma dúvida", disse.