Protesto na Suíça: líderes muçulmanos acusam “ódio ao Islã”| Foto: Arnd Wiegmann/Reuters

O resultado do referendo convocado pelo governo suíço – que proibiu a construção de novos minaretes na Suíça – foi alvo de críticas oriundas de governos e instituições religiosas, tanto islâmicas quanto cristãs. Os minaretes são as torres altas das mesquitas, usadas para convocar os fiéis para as orações.

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O Vaticano condenou ontem o resultado. O porta-voz da Confe­­rência dos Bispos da Suíça, Walter Müller, qualificou de "forte golpe à liberdade religiosa".

Segundo bispos citados pelo Jornal do Vaticano, o resultado do referendo "complica as coisas para os cristãos que vivem em países onde a liberdade religiosa já é limitada".

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A principal organização mu­­çulmana da Indonésia e o grande mufti do Egito também criticaram ontem o resultado do referendo.

"É um sinal de ódio dos suíços com os muçulmanos. Não querem que o islã esteja presente em seu país. Essa rejeição os torna intolerantes", declarou o diretor da Nahdlatul Ulama (NU), Maskuri Abdillah.

O ministro sueco das Rela­­ções Exteriores, Carl Bildt, cujo país detém atualmente a presidência rotativa da União Euro­­peia, destacou que a medida en­­via um "sinal negativo" ao mundo mu­­çulmano. "É a expressão de um preconceito e talvez de um medo, mas está claro que se trata de um sinal negativo, não tenho ne­­nhuma dú­­vida", disse.