Nova Orleans (Das agências) – Um grande vazamento de petróleo foi registrado ontem em dois reservatórios que ficam próximos ao Rio Mississippi, localizados na cidade de Venice, que fica a 120 quilômetros de Nova Orleans (Louisiana), informou o Departamento de Qualidade Ambiental do Estado da Louisiana. O perigo de o vazamento afetar o Rio Mississippi amplia o potencial de risco dos incêndios sucessivos em Nova Orleans.

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De acordo com o Departamento de Qualidade Ambiental, os dois tanques, com capacidade para suportar 2 milhões de barris de petróleo "estão vazando". Os funcionários detectaram o problema ao sobrevoar a região de Nova Orleans.

"Sobrevoamos a região e notamos um lago de petróleo perto de Venice", afirmou o porta-voz do departamento, Rodney Mallett. "O local não é acessível, por isso, não é possível limpar a região", disse. Na manhã de ontem, explosões e incêndios se produziram no que seria uma usina química de Nova Orleans, segundo informaram redes de tevê norte-americanas.

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Uma violenta explosão atingiu a periferia de Nova Orleans e acabou de vez com os nervos da cidade. O fogo consumia um edifício enquanto tropas federais finalmente se encaminhavam para a região. Os policiais da cidade se trancaram nas suas próprias delegacias com medo dos saqueadores, dos tiroteios e das gangues que atuam nas ruas alagadas pelo furacão Katrina, desde segunda-feira.

Um comboio militar de veículos anfíbios entrou ontem no centro de Nova Orleans com artigos básicos para ajudar as vítimas do furacão Katrina. Os militares avançaram pelas ruas ainda alagadas da cidade, levando comida, água potável e outros produtos de primeira necessidade para os desabrigados.

Ao todo, mais de 7 mil soldados da Guarda Nacional começaram a chegar com a missão de restabelecer a ordem. O tenente-general da Guarda Nacional, Steven Blum, afirmou que os soldados estão chegando para salvar os cidadãos da Louisiana, e alertou que o contingente militar está preparado para acabar com a violência "de forma rápida e eficiente".

Nas últimas horas, se multiplicaram os testemunhos de refugiados sobre violência generalizada por parte de grupos de pessoas fortemente armadas nas ruas de Nova Orleans. Várias pessoas denunciaram estupros e assaltos contra os desabrigados em torno do estádio Superdome e do Centro de Convenções.

A situação piora ainda mais à noite, devido à falta de eletricidade em toda a cidade, o que mergulha Nova Orleans – em cuja área metropolitana morava 1,4 milhão de pessoas até a chegada do Katrina – em uma profunda escuridão na qual só os saqueadores ousam sair às ruas. O prefeito de Nova Orleans, Ray Nagin, pediu o envio maciço de tropas em entrevista pelo rádio transmitida na noite da quinta-feira, na qual acusou as autoridades federais e estaduais de esquecerem os moradores da cidade.

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