As seções eleitorais abriram às 6h locais| Foto: William Viera/EFE

Voz de Chávez é usada para convocar venezuelanos

Caminhões com cornetas acordaram os venezuelanos antes do amanhecer deste domingo, em uma tradicional tática do governo socialista para levar os cidadãos do país às urnas. Nas eleições deste domingo, que escolherão o sucessor do falecido presidente Hugo Chávez, os caminhões acrescentaram algo novo ao repertório quando começaram a rodar por volta das 3 horas (horário local): a voz de Chávez cantando o hino nacional e uma popular música militar da Venezuela. Em algumas partes de Caracas, foguetes também foram disparados.

Agência Estado

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Forças Armadas Bolivarianas são responsáveis pela segurança dos centros de votação
Venezuelanos irão escolher entre o atual presidente interino e candidato do chavismo, Nicolás Maduro, o opositor Henrique Capriles, e cinco outros candidatos
De acordo com os números oficiais, 18.854.935 de venezuelanos estão habilitados para votar
100 mil eleitores poderão depositar seus votos nas embaixadas e consulados da Venezuela em 88 países
Eleitores fazem fila para participar da escolha do novo presidente da Venezuela
As seções abriram às 6h locais(7h30 de Brasília), e está previsto que permaneçam assim até as 18h (19h30 de Brasília)
Eleitores que saem do local de votação exibem os dedos sujos de tinta, marca que simboliza a participação no pleito
Conselho Nacional Eleitoral estima que os resultados possam sair três horas depois do fechamento das seções eleitorais
Mulher fez uma espécie de santuário a Hugo Chavez e cultua o líder venezuelano no dia das eleições que vão escolher novo presidente do país
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Os venezuelanos escolhem neste domingo (14) quem será o próximo presidente do país. As seções abriram às 6h locais (7h30 de Brasília), e está previsto que permaneçam assim até as 18h (19h30 de Brasília), embora a legislação eleitoral estabeleça que será permitido o voto das pessoas que ficarem na filas além dessa hora.

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As primeiras horas de votação para eleger um novo presidente da Venezuela foram de "normalidade" e uma "presença massiva" de eleitores. A avaliação foi feita pelo chefe do plano militar de segurança eleitoral, general Wilmer Barrientos.

"Observamos que há um clima de alegria, de harmonia e uma grande participação do povo nos centros de votação (...); há normalidade no país e me informam que a presença no interior (do país) do povo em todos os centros eleitorais também foi em massa", declarou aos jornalistas.

O chefe do Plano República, nome do esquema de assistência militar aos processos eleitorais, insistiu que o processo está correndo "impecavelmente" e também que "em nível nacional há total normalidade", incluindo as fronteiras terrestres e marítimas. Quase 19 milhões de pessoas estão convocadas a comparecer às urnas para escolher o sucessor do líder Hugo Chávez.

Após percorrer Caracas, o chefe militar contou que se encontrou em um centro eleitoral com os integrantes da missão internacional de "acompanhamento eleitoral" da União de Nações Sul-americanas (Unasul).

"Dei aos membros da Unasul essa informação que dou aos senhores e eles disseram que também viram normalidade e além disso uma boa participação, e que até agora todo o processo eleitoral se desenvolve em completa calma", afirmou.

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Barrientos disse que só foram registrados "alguns crimes eleitorais" em todo o país, como um eleitor que tentou votar portando uma arma de fogo.

O ministro do Interior, general Néstor Reverol, informou junto a Barrientos de outros "três fatos isolados, mas que nada têm a ver com o processo eleitoral".

Trata-se, disse, de um acidente que deixou um morto e dez feridos em uma estrada perto da fronteira com a Colômbia e duas trocas de tiros em uma populosa zona de Caracas que deixou três feridos que precisaram ser hospitalizados.

Clima

O ministro da Defesa, o almirante Diego Molero, foi um dos primeiros a exercer seu direito ao voto.

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"Percorri a área metropolitana desde muito cedo, tudo está muito tranquilo, as pessoas estão indo para os centros de votação com calma para exercer este direito, como eu fiz", disse Molero aos jornalistas.

O titular também informou que os 141 mil militares das Forças Armadas Bolivarianas que participam do Plano República - responsáveis pela segurança dos centros de votação - foram mobilizados desde terça-feira e estão todos em seus postos.

Estimativas

Nestas eleições, seis meses depois do pleito presidencial do dia 7 de outubro, quando Chávez conseguiu sua terceira reeleição, os venezuelanos irão escolher entre o atual presidente interino e candidato do chavismo, Nicolás Maduro, o opositor Henrique Capriles, e cinco outros candidatos.

De acordo com os números oficiais, 18.854.935 de venezuelanos estão habilitados para votar, dos quais mais de 100 mil poderão depositar seus votos nas embaixadas e consulados da Venezuela em 88 países.

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O Conselho Nacional Eleitoral estima que os resultados possam sair três horas depois do fechamento das seções eleitorais, uma vez que a tendência já é irreversível.

Eleição na Venezuela