A refinaria venezuelana de Amuay, uma das quatro maiores do mundo, reiniciará suas operações na sexta-feira (31) se o fogo for contido em três de seus tanques de armazenamento nos próximos dois dias, disse à Reuters o ministro de Petróleo e Mineração, Rafael Ramírez.
A maior refinaria do país está fechada desde a madrugada de sábado, quando um vazamento de gás provocou uma enorme explosão que atingiu nove tanques do complexo e reduziu a escombros centenas de casas, causando uma das piores tragédias da indústria petrolífera mundial.
Na tarde desta segunda-feira (27), um terceiro tanque de armazenamento começou a queimar, embora as autoridades tenham garantido que a situação estava sob controle. Desde domingo, o incêndio estava limitado a dois depósitos.
"Não vamos mudar nossa estratégia. Vamos extinguir o primeiro dos tanques entre hoje [segunda] e amanhã de manhã [terça], e depois seguiremos trabalhando nos outros dois, que devem continuar queimando uns dois dias", disse Ramírez à Reuters.
O também presidente da estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA) insistiu que as unidades de produção da fábrica, com capacidade para processar 645.000 barris por dia, reiniciariam dois dias depois de o fogo ter sido apagado, "aproximadamente na sexta-feira".
Ramírez estimou que o acidente, que deixou 48 mortos e dezenas de feridos, teria um impacto conjuntural sobre os preços internacionais da gasolina que na segunda-feira estavam em alta impulsionados pela tempestade tropical Isaac que afetava as operações no golfo do México. "O efeito da explosão sobre os preços é um efeito conjuntural sobre a bacia do Atlântico, não acho que seja de longo prazo", disse o executivo.