Um novo blecaute atingiu vários Estados da Venezuela nesta quinta-feira, causando irritação nos moradores e constrangimento ao governo do presidente Nicolás Maduro, que administra o setor elétrico.
O país sul-americano, membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), vem sofrendo cortes de energia crescentes nos últimos anos, que os críticos apontam como provas do mau gerenciamento das autoridades socialistas. Em ocasiões anteriores, o governo culpou sabotadores pelos cortes, mas o ministro de Eletricidade, Jesse Chacón, rapidamente atribuiu o mais recente blecaute a problemas em usinas geradoras na região dos Andes, no oeste do país.
"Queremos nos desculpar aos venezuelanos por este aborrecimento. Tudo está sob controle", declarou Chacón na televisão estatal, acrescentando que pelo menos oito dos 23 Estados foram afetados. "A recuperação está começando", afirmou, prevendo que os serviços serão restaurados em todo o país dentro de duas horas.
Moradores de várias partes da capital Caracas relataram ter ficado sem eletricidade, e o jornal local Ultimas Noticias disse em seu site que o blecaute afetou 13 Estados.
Políticos da oposição disseram que o governo vem sendo negligente na manutenção e no investimento da rede elétrica desde que o então-presidente Hugo Chávez nacionalizou o setor em 2007.
As autoridades desdenham da afirmação e já acusaram ativistas de direita de sabotarem as linhas de distribuição. Quedas de energia anteriores, inclusive uma grande no dia 27 de junho, interromperam discursos de Maduro que estavam sendo televisionados ao vivo.
Muitos venezuelanos de todas as orientações políticas se perguntam por que sofrem problemas de energia contínuos se sua nação tem as maiores reservas de petróleo do mundo.
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