O candidato democrata à presidência Barack Obama anunciou neste sábado (22) que Joseph Biden, senador por Delaware, será seu vice na chapa. Biden, presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado, é visto como uma liderança em assuntos internacionais.
- Nos anos 1990, Biden foi um dos primeiros a conclamar uma liderança ativa dos EUA para por fim à violência sérvia nos Bálcãs, instando à suspensão do embargo de armas sobre a Bósnia. Ele ainda exigiu que os EUA e a OTAN investigassem crimes de guerra nos Balcãs e apoiou ataques aéreos da OTAN contra forças sérvias.
- Antes de 11 de setembro de 2001, Biden propôs que o foco do governo Bush em defesa com mísseis deveria ser direcionado a ameaças mais plausíveis. Em um discurso pronunciado um dia antes dos ataques em solo americano, ele disse que a nova ameaça não viria de um ataque de mísseis intercontinentais, mas "na barriga de um avião" ou em "um frasco infiltrado em uma mochila" ou uma bomba a bordo de um navio.
- Em 2002, embora considerando o Iraque uma ameaça, ele se opôs a um ataque unilateral, classificando-o como "a pior opção". Biden e o senador Richard Lugar, principal nome republicano no Comitê de Relações Exteriores, esboçaram uma resolução para autorizar a administração Bush a agir para remover armas de destruição em massa somente após o esgotamento das opções diplomáticas. Bush se opôs a esta e negociou outra resolução que lhe deu amplos poderes. Biden a criticou, mas votou a seu favor e disse que a recuso do Iraque de cooperar com as inspeções de armas da ONU justificava a ação militar.
- Biden criticou severamente a condução de Bush na guerra do Iraque e disse que o governo "deveria abrir o jogo com o povo americano" sobre os custos e a duração do compromisso no Iraque. Ele instou Bush a organizar uma cúpula de aliados e ampliar a coalizão para "remover a face americana" da ocupação.
- Em 2006, Biden, que fez pelo menos oito viagens ao Iraque, co-autorizou um plano visando pôr fim à violência sectária no Iraque, que solicitava a federalização do país para dar a curdos, xiitas e sunitas "espaço para respirar" em suas próprias regiões semi-autônomas.
- Ele conclamou uma forte ação americana e internacional para evitar o genocídio em Darfur, e formulou uma legislação para envolver a OTAN e providenciar sanções adicionais para pressionar o regime sudanês.
- No Paquistão, Biden pediu uma presença americana mais visível e mais esforço para promover instituições democráticas. Ele solicitou ajuda financeira incondicional para projetos como escolas, estradas e assistência médica e apoio para reformas governamentais e sociais, mas condicionando a ajuda na segurança aos resultados.
- No início deste mês, Biden viajou à Geórgia para se encontrar com o presidente Mikhail Saakashvili em meio ao conflito com a Rússia. Ele disse que saiu "convencido de que a invasão russa da Geórgia pode ser o evento isolado mais significativo a ocorrer na Europa desde o fim do comunismo".
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