O vice-presidente dos EUA, Joe Biden, chegou na quinta-feira ao Iraque, na sua primeira visita ao país desde que o primeiro-ministro Nuri al Maliki foi reconduzido ao seu cargo, e que os republicanos assumiram a maioria na Câmara dos Deputados dos EUA, com a intenção de cortar gastos relacionados à presença militar norte-americana.
Biden, apontado pelo presidente Barack Obama como seu representante especial para o Iraque, se reuniu com Maliki após desembarcar. Os EUA atualmente preparam a retirada do seu contingente militar do país, após oito anos de ocupação.
Menos de 50 mil soldados permanecem no Iraque - eram 144 mil há dois anos, quando Obama e Biden tomaram posse. Desde o final de agosto, o principal foco desse contingente é assessorar as forças iraquianas, que vêm assumindo a tarefa de combater a insurgência.
Coincidindo com a chegada de Biden, três bombas deixadas em calçadas próximas a mesquitas de Bagdá (duas sunitas e uma xiita) mataram duas pessoas e feriram 13.
Uma fonte do governo norte-americano disse que os EUA vêm cumprindo o cronograma com vistas à retirada total das tropas até o final deste ano, mas que, se houver um pedido de Maliki por sua permanência, o governo Obama estaria disposto a atendê-lo de alguma maneira.
Maliki está sob pressão para não estender a presença militar dos EUA em seu país para além deste ano, embora autoridades iraquianas e norte-americanas digam que o país não tem capacidade para defender suas fronteiras por conta própria. Não será possível, por exemplo, que uma Força Aérea iraquiana esteja plenamente operacional antes de 2012.
Mas a opinião pública norte-americana tampouco parece disposta a prorrogar qualquer iniciativa militar no exterior, e os republicanos, que conquistaram maioria na Câmara na eleição de novembro, prometem cortar gastos e dívidas do governo.
Biden chega ao Iraque depois de fazer visitas ao Paquistão e Afeganistão nesta semana. É a sétima vez que ele vai ao Iraque desde janeiro de 2009. Na última visita, em setembro passado, sua principal missão era pressionar os partidos iraquianos a superarem um impasse político na formação de um novo governo. O acordo resultante disso acabou levando à recondução de Maliki ao seu cargo, após nove meses de indefinição política.
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