Desde sua fundação, em 1983, no interior do Paraná, a Pastoral da Criança cresceu para se tornar uma das entidades mais atuantes no Brasil, presente em 4.066 municípios e 42.314 comunidades. Em 2007, segundo os dados da própria pastoral, eram atendidos, em todo o País, 1,8 milhões de crianças e 95 mil gestantes. Cerca de 260 mil voluntários fazem parte dos trabalhos da pastoral.
O acompanhamento oferecido pela Pastoral da Criança começa na gestação, com visitas periódicas dos agentes às gestantes, com o objetivo de identificar possíveis situações de risco. A gestante também é informada sobre a importância do aleitamento materno e da vacinação. Após o parto, os voluntários acompanham o desenvolvimento da criança, medindo peso e altura e aconselhando a mãe sobre nutrição, higiene e prevenção de doenças. Entre as principais iniciativas da entidade está a campanha pelo uso do soro caseiro como maneira de combater a diarreia. Normalmente, as visitas são mensais - se a família tem alguma criança doente ou com baixo peso, a frequência das visitas é maior. O acompanhamento dura até a criança completar seis anos.
A eficiência do trabalho da pastoral fica evidente ao se analisar os índices de mortalidade infantil: em 2008, considerando-se as famílias atendidas pela entidade, a mortalidade era de 13 crianças menores de 1 ano por mil nascidos vivos - no mesmo ano, segundo o IBGE, o Brasil tinha uma taxa de 23,3 mortes por mil nascidos vivos. O sucesso do trabalho da pastoral é ressaltado pelo fato de a entidade atuar em áreas pobres, com índices de mortalidade ainda maiores que a média nacional.
Segundo o gestor de Relações Institucionais da Pastoral da Criança, Clóvis Boufleur, o trabalho da instituição também está presente em outros 20 países da América, África e Ásia.
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