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O ataque ao escritório de campanha de um candidato, que deixou dois mortos e 20 feridos no sul da Colômbia, evidencia a violência que envolve a campanha eleitoral no país no período anterior às eleições regionais de domingo, sobretudo nas zonas sob inffluência guerrilheira ou paramilitar.

A missão de observadores eleitorais enviados pela Organização dos Estados Americanos (OEA) avisou que mesmo se a violência não puser em risco as eleições de um modo geral, "os cidadãos dificilmente poderão se expressar de forma livre e democrática em várias partes do país".

Autoridades regionais informaram que quatro pessoas foram detidas após o ataque de segunda-feira em Puerto Asis, na fronteira com o Equador, onde uma granada foi atirada dentro de um centro de campanha.

Uma das vítimas do ataque é a irmã de Jorge Coral, candidato à prefeitura local pelo partido Alas Colômbia, da coalizão que apóia o presidente Alvaro Uribe.

A missão da OEA, que começou a atuar na Colômbia em 2 de outubro, responsabilizou a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) pela maioria dos assassinatos políticos, mas também deixou clara sua "preocupação com as ações de outros grupos armados como as facções paramilitares e grupos criminosos emergentes".

Puerto Asis se encontra numa zona de plantações de coca do departamento de Putumayo, palco de combates entre grupos paramilitares e guerrilheiros das FARC.

O governador de Putumayo, Jesus Checa, disse nesta terça-feira que quatro suspeitos do ataque foram detidos, mas destacou que "não há qualquer certeza de que esses homens pertençam a um dos grupos ilegais que atuam na área".

O ataque foi cometido seis dias antes de eleições em que serão eleitos os governadores de 32 departamentos e 1.098 prefeitos, assim como milhares de vereadores.

Segundo dados oficiais, 19 candidatos foram assassinados durante esta campanha eleitoral. Entretanto, o jornal El Tiempo contabilizou 27 candidatos mortos.

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